
Além de “Anibalzinho” evadiram-se também das celas do Comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Maputo, mais dois reclusos, disse aos jornalistas o director da Polícia de Investigação Criminal (PIC) de Moçambique, Dias Balate.
Tratam-se de “Todinho”, indiciado na morte do director da Cadeia Central de Maputo, vulgo “BO”, e “Samito”, acusado de prática de uma dezena de homicídios, entre os quais o assassínio de quatro agentes da polícia e de um cidadão de origem paquistanesa. Ambos estavam detidos naquele presídio há aproximadamente um ano.
A PRM está a investigar os seis agentes, incluindo o chefe do turno, que estavam de serviço, por suspeitar que estes tenham auxiliado os reclusos a concretizar a fuga. Suspeitas infundadas, é claro. Até porque aquilo é tudo boa gente.
“Anibalzinho”, condenado a cerca de 30 anos de prisão pela sua participação no assassinato do jornalista Carlos Cardoso, tem no seu currículo outras duas fugas da cadeia de alta segurança da Machava, a principal de Moçambique.
Entre os anos 2002 e 2004, o prisioneiro mais famoso do país conseguiu fugir daquela penitenciária, tendo chegado à África do Sul e ao Canadá, países de onde foi repatriado para Moçambique.
Desde a sua detenção há quase três anos nas celas do comando da PRM em Maputo, “Anibalzinho” já viu frustradas três tentativas de fuga.
No princípio deste ano, “Anibalzinho” tentou evadir-se da cela, serrando as grades numa altura em que chovia torrencialmente na cidade de Maputo, mas a sua acção foi descoberta pela polícia.
Em finais de Novembro de 2005, ainda antes do segundo julgamento, "Anibalzinho" protagonizou também uma tentativa de fuga, que não resultou, mas que permitiu a evasão de outros detidos, mais tarde recapturados.
“Anibalzinho”, condenado em Janeiro último a 29 anos, 11 meses e cinco dias de prisão por ter chefiado a quadrilha que assassinou Carlos Cardoso, deverá ser expulso para Portugal após cumprir a pena, por ter nacionalidade portuguesa.
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