domingo, dezembro 14, 2008

Olhai para o que vou dizendo
e não para o que vou fazendo

O primeiro-ministro das ocidentais praias lusitanas norte (embora cada vez mais a sul) de Marrocos, José Sócrates, disse hoje no Seixal que a melhor forma de defender o emprego é aumentando as qualificações dos portugueses e reconheceu que Portugal é um país com muitas desigualdades sociais.

Aumentar as qualificações não resulta, ao contrário do que diz o soba maior. A juventude portuguesa tem boas qualificações e está no desemprego ou com empregos (mais do que) precários.

O que de facto resulta é ser militante do PS, é gravitar junto ao PS, é conjugar apenas o verbo obedecer, é deixar a coluna vertebral em casa, é ser tudo aquilo que que este governo quer.

"Mais qualificações garantem mais emprego, mas garantem também a redução de desigualdades", disse José Sócrates, acrescentando que "Portugal é um país muito desigual e que uma boa sociedade é aquela que é menos desigual".

Quase como se tivesse descoberto a pólvora, Sócrates limita-se a dizer o óbvio e, ao mesmo tempo, passar um atestado de menoridade a todos aqueles que se atrevem a pensar com a sua própria cabeça, ao contrário do reino socialista que aconselha a pensar pela cabeça do chefe.

José Sócrates falava a cerca de três centenas de pessoas na cerimónia de entrega de diplomas a dezenas de formandos do Centro de Formação Profissional do Seixal no âmbito do Programa Novas Oportunidades. Novas oportunidades, entenda-se, para a mesma realidade: o desemprego.

"A desigualdade nos rendimentos assenta na diferença das qualificações onde Portugal é um dos países onde as pessoas com mais qualificações ganham muito mais do que as pessoas com menos qualificações", reforçou José Sócrates, defendendo a importância dos programas governamentais de formação profissional e promoção do emprego.

Se calhar é por ter mais qualificações do que os restante governadores dos bancos centrais que Vítor Constâncio é dos mais bem pagos do Mundo...

José Sócrates elogiou "a coragem, o esforço e o empenho daqueles que não desistem de investir em si próprios", salientando que esse esforço reverte a favor das famílias de cada um, mas também representa um contributo importante no combate às desigualdades no país.

Mas a verdade é outra. Não adianta investir em nós próprios. Bem posso ter uma pós-graduação, um mestrado ou um doutoramento que isso nada vale se, para o mesmo lugar, aparecer um licenciado que tenha cartão do PS.

E, convenhamos, é bem mais barato (e dá milhões) ter o cartão do PS do que gastar uma fortuna numa valorização profissional.

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