O Banco de Portugal revela agora (ver Manchete do Notícias Lusófonas) que, apesar do alarde do Governo de José Sócrates, há um recuo do investimento português em Angola, mau grado Luanda ser o maior destino dos capitais portugueses nos países africanos lusófonos.
Neste país, o investimento português recuou o ano passado 15 por cento, para 131,5 milhões de euros, ainda assim muito acima da média dos últimos anos.
Em 2004, o investimento português ascendeu a 69,6 milhões de euros, mais do dobro do registado no ano anterior, verificando-se assim uma tendência de subida que, contudo, foi interrompida no ano passado em pleno consulado socratiano.
Podem, todavia, estar descansados.
Em Angola vão agora ser construídos onze novos hotéis, um investimento superior a 435 milhões de euros e, mais uma vez, a mina servirá para alimentar a economia lusa.
Curiosa é a opinião de Daniel Pedrosa, da Câmara de Comércio Portugal – Moçambique, para quem o país do Índico “tem sido esquecido no discurso oficial, em relação a Angola, por exemplo”.
Pedrosa explica que “o primeiro-ministro português foi a correr a Moçambique só para assinar o acordo de transferência de Cahora-Bassa”, acrescentando que “os moçambicanos esperam que um dia destes se anuncie uma visita de trabalho ao país, onde ainda há muitas oportunidades".
Mais uma vez se verifica que o Governo de José Sócrates tem em relação aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa apenas algumas vagas, muito vagas, ideias. Nem o pragmatismo chinês ajudou Lisboa a perceber a diferença entre saber tudo e fazer alguma coisa.
Sócrates e os seus sipaios são detentores das verdades absolutas mas, ao contrário dos comuns mortais, desconhecem que há uma substancial diferença entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar.
Sócrates e os seus sipaios são daqueles que nunca fracassam…
1 comentário:
E assim vai a nossa Angola. A merce de terceiros, como sempre
MV
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