sexta-feira, março 16, 2007

Um autógrafo para o filho da Juíza do Seixal

No âmbito de “guerra” das cartas de condução entre Angola e Portugal, Pedro Matorras foi hoje ouvido no Tribunal do Seixal e a juíza Ana Pompeia Viegas decidiu remeter o caso para a fase de inquérito, dado que foram apresentados "novos" elementos relevantes de prova, o que significa que vai voltar para investigação no Ministério Público.

O jogador do Benfica teve ainda a honra de dar um autógrafo à juíza, que alegou estar a fazer o pedido ao jogador em nome do filho.

Citando o meu caro amigo Eugénio Costa Almeida, no seu http://pululu.blogspot.com/, (…) “E já agora, só por mera curiosidade, porque diabo a juíza que ouviu hoje Mantorras no Tribunal de Seixal, no caso da carta angolana, quis, segundo noticiou a RTP no seu noticiário da 13 horas, saber quanto ganhava?”

“Seria para calcular o valor da multa que havia de aplicar?”, pergunta – e bem – Eugénio Costa Almeida.

Ou será que ao pedir um autógrafo para o filho, a juíza portuguesa pensou em reduzir a multa?

O que se diria em Portugal se aos portugueses multados em Luanda o juiz pedisse um autógrafo para o filho? Se calhar falava-se logo de corrupção, digo eu…

E assim se faz a triste história de dois países que se dizem irmãos e que, ainda por cima, pertencem os dois a uma coisa (embora rasca) que dá pelo nome de Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

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