O presidente da República de Timor-Leste anunciou hoje que vai propor José Manuel Durão Barroso e a União Europeia (UE) para o Prémio Nobel da Paz de 2008. Com este apoio Barroso já tem meio caminho andado para… nunca lá chegar. Mas, também é verdade, se Ramos Horta recebeu o prémio, é caso para dizer que qualquer um o pode vencer.
O anúncio foi feito por José Ramos Horta durante a cerimónia de transferência para a Comissão Europeia da Casa da Europa, um edifício histórico no centro de Díli até agora conhecido como Uma Fuko ("Casa da Cultura" em tétum).
"Eu argumentaria junto do Comité Nobel da Paz que a UE, em particular a Comissão Europeia e o seu presidente, José Manuel Durão Barroso, seriam recipientes merecedores do Nobel da Paz", anunciou José Ramos Horta na parada da Casa da Europa. Não está mal. É tudo uma questão de recipientes.
"A construção da UE enquanto instituição multi-nacional, multi-étnica e pluralista, democrática e solidária não tem paralelo na história", justificou José Ramos Horta.
Até me parece justo que Durão Barroso e a EU recebam esse prémio. No entanto, continuo a pensar que Ramos Horta deveria estar calado se, eventualmente, acredita nessa possibilidade.
Ramos Horta fala quando não deve e cala-se quando deve falar. Este é um desses exemplos, logo numa altura em que o presidente da Comissão Europeia reconheceu (mais vale tarde do que nunca) que foi enganado pelo tio Sam em relação às armas de destruição total no Iraque.
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