sábado, novembro 17, 2007

Ninguém manda calar Ramos Horta?

As eleições presidenciais em Timor-Leste deram no que deram. Ramos Horta, a exemplo dos outros congéneres lusófonos, quer ser dos poucos que têm milhões e, também como os outros, estar-se nas tintas para os milhares que, em democracia, continuam com a barriga vazia. Bem vazia.

Ramos Horta, como ficou mais uma vez visível na pomposa visita à capital das ocidentais praias lusitanas, é o tipo de político que espera que o povo suba até ele em vez de, como se esperaria de alguém que queira servir o seu país, ser ele a subir até ao povo.

Ramos Horta garantiu que em caso de vitória nas presidenciais iria assumir com "humildade" e "com total determinação" as suas novas responsabilidades "procurando trabalhar com todos os partidos, incluindo a Fretilin".

Pois. A cada dia que passa se vê que Ramos Horta não nasceu para servir mas para ser servido. E quando alguém, como é o caso do Juiz Ivo Rosa (no âmbito das suas funções no quadro da ONU e no respeito pela Constituição timorense), diz que o rei vai nu, Horta vais aos arames e aproveita o areópago lisboeta para mentir com todo o descaramento sem que ninguém, como fez o rei Juan Carlos a Hugo Chávez, o mande calar.

E assim, com um café e um pastel de nata, Ramos Horta vai mostrando ao mundo que quem nasce para cêntimo nunca chegará a euro, por muitos dólares que traga no bolso.

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