O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos Horta, defendeu o combate à pobreza e o desenvolvimento no seu discurso do Dia da Independência. Esta de ouvir Horta, um político habituado aos hotéis de cinco (ou mais) estrelas, falar de pobreza dá-me vontade de rir.
"Só o desenvolvimento e o combate à pobreza darão verdadeiro sentido à nossa independência e à nossa democracia", afirmou José Ramos Horta em Díli, durante as comemorações oficiais da proclamação unilateral da independência em 28 de Novembro de 1975, um pouco à semelhança do que sempre foi dizendo, mas quando passeava a sua boa alimentação pelos areópagos da política internacional.
"Temos o dever sagrado de semear para podermos colher os frutos da independência", acrescentou o chefe de Estado. Traduzindo, isto quer dizer que o povo tem de continuar a trabalhar se quiser comer, devendo – é claro – dar o seu contributo para que Ramos Horta possa, de quando em vez, matar saudades pelos luxuosos hotéis do Ocidente."
Ajudar a criar tranquilidade para o desenvolvimento é um dever que todos temos perante o nosso povo. É um dever que tem de ser a primeira preocupação de todos", afirma o presidente, acrescentando aos estilo de olhai para o que eu digo e não para o que eu faço que "desenvolver quer dizer ajudar as famílias de Timor a melhorarem, pouco a pouco, as suas condições de vida".
"Mas desenvolver é também investir na construção de infra-estruturas de que o país precisa, como estradas e pontes, boa produção de electricidade, sistemas de rega para ajudar os agricultores, equipamento de apoio para ajudar os pescadores", explicou o Presidente da República. Ainda bem que explicou porque ninguém sabia.
Para o ano lá vamos ter Ramos Horta a dizer a mesma coisa. Até um dia.
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