Ao contrário dos seus donos, os escravos portugueses estão – segundo um estudo da Universidade Fernando Pessoa – a sorrir cada vez menos.
O estudo, dito científico, realizado pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção da (UFP), após análise a 15.243 fotografias publicadas nos principais jornais do reino lusitano, demonstra também que os portugueses estão "a sorrir cada vez menos desde 2003", ano em que o estudo teve início.
Os resultados apontam que as mulheres, independentemente da idade, continuaram a sorrir mais do que os homens no ano passado, apesar do registo descendente acentuado em relação a 2010.
Segundo a análise, os homens apresentaram um sorriso mais fechado a partir dos 60 anos, enquanto as crianças são as que continuam a apresentar mais e frequentemente um sorriso largo, padrão que se mantém desde 2003.
Os resultados apontam também para uma diminuição "significativa" na exibição de qualquer tipo de sorriso e o aumento da expressão neutra em mulheres e homens.
No universo das fotografias analisadas verificou-se igualmente que a expressão facial de emoções negativas é mais frequente e intensa do que a de emoções positivas, padrão que se "acentuou expressivamente" no ano passado.
Ao longo dos primeiros oito anos de estudo, ficou comprovado que um dos moderadores da frequência e intensidade da exibição do sorriso é o contexto social, o que se verificou no caso português, pois a situação económico-social potenciou a inibição da expressão, sendo que o género e a idade são os outros dois moderadores, consideram os autores.
Segundo o Laboratório de Expressão Facial da Emoção, o sorriso é uma reacção que se desenvolve em situações que envolvam o bem-estar e a felicidade e quando tal não se verifica, por motivos externos, o sorriso é "inibido e recalcado".
O estudo, que termina em 2013, faz parte de um projecto pioneiro a nível mundial e pretende analisar durante uma década o sorriso dos portugueses através dos jornais diários… mesmo quando as fotos são de arquivo.
Consta que o próximo estudo científico, que visava a análise das barrigas vazias dos portugueses, vai ser reestruturado porque pelo andamento do país os cidadãos tendem a deixar de ter barriga.
Também a hipótese de um trabalho sobre como é possível viver, em Portugal, sem comer foi anulado. Os primeiros voluntários que estavam quase, quase a saber viver sem comer… morreram.
Legenda: Os figurões da foto (de arquivo) não são, obviamente, portugueses…
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