sexta-feira, janeiro 13, 2012

Sindicato contesta encerramento da “Focus”

Diz o Sindicato dos Jornalistas (SJ) de Portugal que o grupo Impala pretende encerrar a revista “Focus” e levar a cabo um despedimento colectivo que pode abranger uma dezena de jornalistas e oito outros trabalhadores.

Como habitualmente só muda o nome da publicação. Tudo o resto é igual, mesmo quando os despedimentos ainda não são para encerrar o estaminé.

O SJ contesta a decisão e manifesta (não tem feito outra coisa nos últimos anos)  a sua disponibilidade para negociar condições que viabilizem a manutenção das publicações e dos postos de trabalho.

Em comunicado divulgado hoje, o SJ solidariza-se com os profissionais atingidos pelas medidas anunciadas pela Empresa e reafirma a sua convicção de que, “mesmo num caso extremo de encerramento, um grupo como a Impala pode e deve recolocar os trabalhadores afectados nas suas restantes publicações”.

É o seguinte o texto, na íntegra, do Comunicado do SJ:

“1. O Sindicato dos Jornalistas está a acompanhar a situação na revista “Focus”, que a Impala decidiu encerrar e em relação à qual tenciona encetar um processo de despedimento colectivo, que poderá abranger uma dezena de jornalistas e oito outros trabalhadores.

2. Manifestando a sua solidariedade para com os profissionais atingidos pelas medidas anunciadas pela Empresa, o SJ reafirma a sua determinação em defender os direitos e interesses dos jornalistas, especialmente o direito ao trabalho.

3. Além da defesa dos postos de trabalho, o SJ considera essencial que as empresas de comunicação social preservem o mais possível as publicações, contribuindo para a manutenção e mesmo alargamento da diversidade da oferta informativa, fundamental à defesa do pluralismo.

4. Nesta conformidade, o SJ apela à Impala para que encete um verdadeiro processo de negociação, com o objectivo de manter a publicação da revista “Focus” e os postos de trabalho agora ameaçados, renunciado à solução mais fácil do encerramento e do despedimento.

5. Além do apoio directo que está a prestar aos seus associados, o SJ está disponível, como sempre esteve, para cooperar na negociação de condições que visem viabilizar a manutenção das publicações e dos postos de trabalho.

6. O SJ reafirma igualmente a sua convicção de que, mesmo num caso extremo de encerramento, um grupo como a Impala pode e deve recolocar os trabalhadores afectados nas suas restantes publicações.

7. A Direcção do SJ apela à unidade dos jornalistas ao serviço da Impala em torno do seu Sindicato, a fim de que aqueles objectivos possam ser mais facilmente atingidos.”

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