Os (supostos) jornalistas portugueses continuam a comer e a calar. Mesmo que alguns o façam a custo, os seus donos e os donos dos seus donos tornaram obrigatório o uso de vaselina. Depois de a usarem algumas vezes habituaram-se e já não precisam dela.
Enquanto o Sindicato dos Jornalistas (SJ) de Portugal repudia veementemente o impedimento, por parte do Sporting Club de Portugal, do acesso de jornalistas do jornal "Público" ao jogo entre o Sporting e o Futebol Clube do Porto, no passado Sábado, os outros órgãos de comunicação solidarizam-se com o… Sporting.
Em comunicado divulgado hoje, o SJ condena o "comportamento inaceitável e ilegal do Sporting e manifesta a sua solidariedade para com os jornalistas e o jornal, discriminados no acesso à informação e impedidos de cumprir adequadamente a sua missão".
É o seguinte o texto, na íntegra, do Comunicado do SJ:
«1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) tomou conhecimento de que o Sporting Clube de Portugal impediu o acesso dos jornalistas destacados pelo jornal “Público” para a cobertura do jogo do passado sábado.
2. De acordo com a nota da Direcção do “Público” emitida pelo jornal, o argumento invocado para impedir o acesso dos jornalistas foi a alegada falta de pedido de credencial, pedido este que o “Público” sustenta ter feito logo o início da semana.
3. Congratulando-se com o anúncio, pela Direcção do “Público”, de que “accionará todos os meios ao seu dispor para repor a legalidade”, a Direcção do SJ repudia o comportamento inaceitável e ilegal do Sporting e manifesta a sua solidariedade para com os jornalistas e o jornal, discriminados no acesso à informação e impedidos de cumprir adequadamente a sua missão.
4. Face à gravidade da conduta do clube e sem prejuízo das iniciativas do “Público”, a Direcção do SJ vai solicitar a intervenção nomeadamente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, no âmbito das respectivas competências.
5. Finalmente, a Direcção do SJ recorda a necessidade de atitudes de firmeza, de solidariedade e de unidade de todos os jornalistas no terreno e, especialmente, das direcções dos órgãos de informação, no sentido de combaterem concertada e activamente actos de discriminação no acesso à informação.»
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