terça-feira, junho 05, 2007

A bem da nação , no caso socialista,
Margarida Moreia foi (re)conduzida

A directora regional de Educação do Norte (de Portugal, está bom dever), Margarida Moreira, envolvida na polémica relacionada com a suspensão de um professor que terá insultado, criticado (ou ditos umas verdades) o primeiro-ministro, foi hoje reconduzida no cargo, revela o semanário Expresso. Eu não digo, que Sócrates sabe (recom)pensar? Aliás, o estado da justiça vê-se pela justiça do Estado.

O jornal cita um despacho publicado no Diário da República, assinado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. A recondução de Margarida Moreira na liderança da DREN surge, segundo o Expresso, na sequência da alteração da lei orgânica do Ministério da Educação.

Por norma, esta alteração legislativa acarreta a cessação automática de funções dos altos funcionários, precisando, para que tal não se verifique, de uma recondução oficial nos cargos que ocupam.

No seu mais lato sentido, o estado da justiça vê-se pela justiça do Estado. Por outras palavras, os filhos são sempre filhos.

A directora regional está envolvida na polémica originada pela suspensão do professor de inglês Fernando Charrua, ex-deputado do PSD, que estava requisitado pela DREN há cerca de 20 anos.

Fernando Charrua foi suspenso na sequência da abertura de um processo disciplinar por alegados insultos ao primeiro-ministro, acusação que o docente sempre negou. Mas o que importa não é o que o professor disse mas, isso sim, o que a capataz disse que ele disse.

Um mês depois do incidente ter ocorrido, a 24 de Maio, no final de uma reunião do Conselho de Ministros, a ministra da Educação afirmou não dispor de «sinal ou motivo» para colocar em causa a Direcção Regional de Educação do Norte face ao processo disciplinar que moveu a Fernando Charrua.

Ainda se Charrua fosse engenheiro diplomado pela Independente…

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostaria de fazer notar que, ao por em cheque a licenciatura do primeiro ministro pela UI, estão a por-se em dúvida todos os licenciados por essa mesma universidade. Isto não será para estes alunos uma tremenda injustiça? Já indagaram quantos dos detractores terão cursos tirados com passagens administrativas, exames em grupo e outras "habilidades" do género?