quinta-feira, junho 07, 2007

O padre Martinho Gusmão quer ser santo
“apelando” ao voto em... Xanana Gusmão

Segundo a agência de notícias internacional “EFE”, o porta-voz da CNE de Timor-Leste, padre Martinho Gusmão, afirmou que “alguns polícias não são imparciais e se tornaram militantes da FRETILIN, usando as armas do Estado para assassinar seu povo”.

A acusação é duplamente grave e deve (devia) ser levada até às últimas consequências, caso Timor-Leste tenha alguma instituição credível. Para alem de ser porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Martinho Gusmão é também padre num país onde a Igreja tem muito poder.

Uma afirmação deste tipo é, ainda, uma forma de apelo ao voto no CNRT, partido feito à imagem e semelhança do seu líder, Xanana Gusmão.

Segundo a FRETILIN, as afirmações de Martinho Gusmão são “abusivas interpretações de situações de violência, ausentes de base legal e não fundamentadas - em resultado de investigações oficiais, transparentes e objectivas -, e estão a contribuir para gerar uma situação de insustentabilidade social e a contribuir deliberadamente para um ambiente de confrontação que nada favorecerá os eleitores e o país”.

Cá para mim, mesmo sabendo que a FRETILIN não é nenhum santuário de gente incólume, não é ela nem nenhum outro partido, o CNRT está a usar a Igreja para facturar mais alguns, provavelmente muitos, votos. E a Igreja, ou parte dela, está a alinhar nessa fraude.

Tudo leva, portanto, a crer que as instituições timorenses não são sérias nem estão preocupadas em parecê-lo. É pena. O povo merecia muito mais e muito melhor.

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