Os inimigos colocam
pedras no meu caminho.
Os que se dizem amigos
estendem-me a mão
quando nelas tropeço.
Os verdadeiros amigos
retiram as pedras
antes de eu passar.
Tenho tropeçado em muitas.
Mas acredito que se não fossem
os verdadeiros amigos
(dois ou três)
tropeçaria muitas,
mas muitas, mais vezes.
Aos inimigos
(porque sem eles
eu não saberia
quem são os amigos),
aos que se dizem amigos
(porque lá vão
estendendo a mão,
às vezes com visível custo)
e aos verdadeiros amigos
(porque, apesar de poucos,
são preciosos)
desejo em bom Natal
(na proporção
que cada um deles merece).
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