Omar al-Bashir, o democrata presidente do Sudão, responsável pelo genocídio em Darfur (qualquer coisa como 300 mil mortos) continua a rir-se do TPI.
O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de captura contra Omar al-Bashir, acusando-o de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Resultado? O homem continua a rir-se e, é claro, a matar.
E ri-se com razão. Há um enorme exagero quando se diz que em Darfur morreram 300 mil pessoas. Dados independentes, passíveis até de serem organizados por uma equipa nomeada por Angola (a quem Bashir pediu ajuda em Agosto de 2008), certamente revelarão que o número de mortos não terá passado os 299.999.
Entretanto, os observadores árabes estão na Síria para demonstrarem que, afinal, tudo está calmo, sossegado e dentro dos parâmetros democráticos e do respeito pelos direitos humanos.
E quem chefia os observadores árabes? Quem? Nada mais nada menos de que o general sudanês Mohammed Ahmad Mustafa al-Dabi, militar de confiança máxima de Omar al-Bashir e que – como chefe das Forças Armadas do Sudão – comandou a limpeza étnica em Darfur.
Em declarações à imprensa na sede da Liga Árabe no Cairo, um dos responsáveis pela missão, explicou que o chefe dos observadores, está na cidade de Homs e que concluiu pelos relatórios recebidos e pelas visitas feitas que nada de anormal se passa com o regime de Bashar al Assad.
Provavelmente o general sudanês Mohammed Ahmad Mustafa al-Dabi tem razão. Desde o início dos protestos na Síria, em meados de Março, mais de 5 mil pessoas morreram vítimas da repressão do regime.
Ora, comparando as 5 mil vítimas sírias com os 300 mil mortos de Darfur, não é difícil concluir que tudo está calmo no reino da Síria.
A Oposição síria quer, entretanto, que o general sudanês dixe de liderar a missão de observadores, considerando que ele foi a principal autoridade do "regime opressivo" do presidente Omar al-Bashir.
Segundo a Amnistia Internacional, sob o comando de al-Dabi, a inteligência militar sudanesa, no início dos anos 1990, "foi responsável por prisões e detenções arbitrárias, desaparecimentos, tortura e outros maus-tratos de várias pessoas no Sudão".
"O que esperar do chefe de uma missão de observadores que é acusado de genocídio no seu próprio país", questiona Ausama Monajed, membro do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo opositor do país.
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