Ser jornalista (deixem-me pensar assim) e escrever sobre Jornalismo é um desafio aliciante mas complicado. Pôr preto no branco o que se pensa ser a verdade (e esta é uma das minhas leis sagradas) é algo que, na maioria das vezes, dá problemas. Os jornalistas parecem só gostar de falar dos outros. Quase como se fossem donos da verdade absoluta.
Não é fácil ser uma espécie em vias de extinção. Pois só mesmo essa espécie em vias de extinção continua a acreditar que o Jornalismo e os Jornalistas continuam a ser o que eram.
Hoje em dia um jornalista é apenas alguém que se limita a ordenar as ideias que tirou de uma pesquisa na Internet. Poucos são aqueles que põem os pezinhos a caminho, investigam e voltam não sei - e nem interessa - quanto tempo depois com a sensação de que têm algo valioso.
Hoje em dia um jornalista é apenas alguém que se limita a ordenar as ideias que tirou de uma pesquisa na Internet. Poucos são aqueles que põem os pezinhos a caminho, investigam e voltam não sei - e nem interessa - quanto tempo depois com a sensação de que têm algo valioso.
A definição de Jornalista hoje em dia é apenas e infelizmente: licenciado em Comunicação Social. E desenganem-se aqueles que não tendo a bela da licenciatura, mas que Alguém dotou com o dom da escrita, de uma curiosidade feroz, de vontade de lutar, de vencer, de ajudar e, principalmente, de pensar. Esses, desculpem lá, mas não podem estar ligados a este ramo.
Desculpem lá, mas as saudades que eu tenho de um bom programa de informação na televisão, mas não pode ser. Não tem audiências! E de abrir um jornal pensando: o que será que vou aqui encontrar?! Nada de especial. Neste momento é isto o Jornalismo em Portugal: Nada de especial!
E, tal como os jornalistas, os portugueses limitam-se a ler mas não a interpretar; limitam-se a ver e não a observar.
É difícil sobreviver sem ser a bajular meia dúzia de oportunistas que, em troca de uma qualquer notícia, arranjam logo meia dúzia de anúncios.
É difícil sobreviver sem ser a bajular meia dúzia de políticos que, que em troca de uma qualquer notícia, arranjam logo uma colocação para o filho que temos no desemprego.
É difícil sobreviver sem ser a bajular meia dúzia de capatazes que, em troca da assinatura num texto por outro escrito, arranjam logo uma promoção.
Será por tudo isto que dos sete membros do próximo (só existe uma lista) Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, três são “free-lancer”, um é reformado e outro está desempregado?
É difícil sobreviver sem ser a bajular meia dúzia de oportunistas que, em troca de uma qualquer notícia, arranjam logo meia dúzia de anúncios.
É difícil sobreviver sem ser a bajular meia dúzia de políticos que, que em troca de uma qualquer notícia, arranjam logo uma colocação para o filho que temos no desemprego.
É difícil sobreviver sem ser a bajular meia dúzia de capatazes que, em troca da assinatura num texto por outro escrito, arranjam logo uma promoção.
Será por tudo isto que dos sete membros do próximo (só existe uma lista) Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, três são “free-lancer”, um é reformado e outro está desempregado?
1 comentário:
eu quero saber mais sob o jornilismo angolano nos dias de hoje
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