domingo, maio 18, 2008

A dor de uma alma (de)penada

Quando nem sempre é fácil existir, resistir parece uma missão (im)possível.
Choram-se lágrimas de terra batida, balbuciam-se palavras mudas que sabem a capim.
O infinito teima em ser amargo, embora com um leve sabor a loengos.
A madrugada chega envolta em nuvens nocturnas e a terra já não cheira quando a chuva floresce.
A dor da alma (de)penada faz tremer de calor o corpo molhado pelo cacimbo da nostalgia.
O sonho virou na vida das esquinas e rumou umbigo dentro.
Do lado de fora ficou a dor exangue de quem afinal só quer (r)existir.

1 comentário:

ELCAlmeida disse...

Calma meu irmão! A alma pode estar penada e pesarosa. Mas ainda falta muito, têm mesmo muito de comerem muito funge, para conseguirem nos depenar.
Um forte kandandu
Eugénio Almeida