O próximo ano será o mais difícil para Portugal e qualquer crescimento que a economia possa ter em 2013 irá depender muito da retoma que venha a acontecer no resto do mundo, em especial da zona euro, referem economistas da OCDE.
Estarão os portugueses preocupados? Os mesmos de sempre estarão, com certeza. Mas a esses juntam-se mais uns tantos. Serão sobretudo os 800 mil desempregados (montante que o Governo quer ajudar… a crescer), os 20 por cento de pobres (que o Governo acha que seria aconselhável chegar, pelo menos, aos 30 por cento) e os outros 20 por cento de miseráveis (que o Governo quer que sejam muito menos por baixa nos efectivos – ou seja, por terem morrido).
Em entrevista à Agência Lusa, por telefone a partir de Paris, o economista sénior David Haugh e o economista português Álvaro Pina, que são responsáveis pela análise da economia portuguesa na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), explicaram as projecções para a economia portuguesa incluídas no 'Economic Outlook' da organização, divulgado hoje.
"O ano mais difícil para Portugal será 2012, porque será um ano de um grande esforço em termos de consolidação orçamental, também porque será um ano em que os desequilíbrios no sector privado começarão a ser resolvidos, em termos de desalavancagem do sector privado por exemplo", explicou Álvaro Pina.
Também creio que, como disse o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, 2012 será o princípio do fim. Não da crise, mas do país. Tudo, é claro, a bem da nação esclavagista que este governo tem como meta suprema.
Nas previsões divulgadas, a OCDE prevê que a economia portuguesa recue 1,6% este ano e 3,2% em 2012 e aponta para que a taxa de desemprego alcance os 13,8% em 2012.
Não creio, contudo, que a taxa de desemprego seja assim tão preocupante. Desde logo porque há cada vez mais portugueses que, com engenho e arte, estão a montar os seus próprios negócios. São disso exemplos os assaltos às caixas multibanco ou às ourivesarias. Em breve serão também os hipermercados pois, reconheça-se, nenhuma tarefa pode ser bem desempenhada com a barriga vazia.
"Portugal está muito dependente do que acontece na zona euro. As exportações portuguesas dependem muito do mercado da zona euro e dado o actual contexto de debilidade da procura interna, tanto pública como privada, as exportações serão o motor do crescimento. Qualquer crescimento da economia portuguesa irá amplamente, muito amplamente vir das exportações em vez da procura interna", acrescenta Álvaro Pina.
Talvez como resultado da água do Bengo, compreendo que Portugal se tenha virado, no passado, para a Europa. Quanto ao presente, não sei se quando Portugal conseguir emergir da crise não estará mais perto do Norte de África. Mas quanto ao futuro, creio que ele estará na Lusofonia.
Mas isso é uma utopia. Em vez de investir bem nos países lusófonos, Portugal prefere andar de mão estendida, pedindo aos pobres dos países ricos que sustentem os ricos de um país pobre.
Razão tinha Passos Coelho – antes apanhar o cheque em branco que os portugueses lhe deram – quando dizia: “Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos. Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado”.
Razão tinha Passos Coelho – antes de se descobrir que é um aldrabão – quando dizia que “para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa”.
Razão tinha Passos Coelho – antes de assumir a liderança de um governo esclavagista – quando dizia: “Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas. Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português”.
Razão tinha Passos Coelho – antes de ter comprado o reino – quando dizia: “A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento. A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos”.
Tal como tinha razão quando perguntava: “Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?”
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