O resultado líquido da Corticeira Amorim aumentou 20,9% para 21,4 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, face ao período homólogo. Bem diz Américo Amorim que é apenas um trabalhador…
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Corticeira Amorim anunciou o aumento das vendas em quase 10% para 380 milhões de euros, realçando que "crescimento dos seus mercados continua a ser um dos principais justificativos para a apresentação de bons indicadores de actividade e de resultados".
Quanto não vale ter à fronte da empresa um simples trabalhador para quem, note-se, o facto ser o homem mais rico de Portugal em nada altera a sua condição de proletário, eventualmente a ganhar o ordenado mínimo.
Nos primeiros nove meses de 2011, o EBITDA (Resultados Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações) aumentou 14,5% para 59,6 milhões de euros.
Pelo sétimo trimestre consecutivo, a corticeira liderada por António Rios Amorim e na qual Américo Amorim é um humilde trabalhador, registou um crescimento das suas vendas consolidadas, em 8,9% quando comparado com o trimestre homólogo.
Até Setembro, a Corticeira Amorim vendeu mais 18 milhões de euros de rolhas, totalizando 227,5 milhões de euros, do que nos primeiros nove meses de 2010, o que em quantidade representou mais 200 milhões de unidades.
O aumento da produção em cerca de 14% conduziu ao crescimento dos custos operacionais directos em 9,5% bem como ao aumento nos fornecimentos e serviços, explica a corticeira com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, realçando "a subida nos custos da energia e dos transportes e os custos relacionados com a nova colecção da unidade de negócios Revestimentos a lançar em 2012".
"Durante o terceiro trimestre, a subsidiária Timberman Denmark A/S passou a integrar o perímetro de consolidação", adiantou a empresa, explicando que "esta aquisição, correspondente a 51% do capital social, materializa uma 'joint-venture' com um parceiro com forte presença no mercado dinamarquês de revestimentos de madeira".
Se à cortiça se juntar o facto de nos últimos 20 anos Portugal ter mais do que duplicado a produção de azeite, de 26 mil toneladas para 68 mil, ao mesmo tempo que reduziu para metade o total de lagares, é caso para dizer que o futuro está nos rolheiros (de cortiça) e nos azeiteiros (“que ou quem produz ou vende azeite”).
É pois chegada a altura de o Governo dar loas a todos os rolheiros e azeiteiros nacionais que são, de facto, boas pessoas e produzem algo de qualidade reconhecida internacionalmente.
Se calhar, partindo deste exemplo de menos lagares mas mais e melhor qualidade, não seria mau adaptar a estratégia a outros azeiteiros/rolheiros (neste caso “indivíduos que exploram prostitutas, chulos”) que proliferam por aí, nomeadamente naquelas coisas a que chamam Assembleia da República, empresas públicas, semi-públicas e similares, mas que, tantas e tantas vezes, parecem mais prostíbulos.
Quando, já para não falar do deputado que rouba gravadores aos jornalistas, se vê que o léxico político-parasitário do reino soma o “pensamento vazio” e a “agenda escondida” a outras pérolas suínas já emblemáticas, como são os casos de “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” e “política de fechadura”, conclui-se que é altura de candidatar os azeiteiros e os rolheiros “made in Portugal” a um qualquer prémio do anedotário mundial.
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