Angola está entre os 15 países com maiores taxas de mortalidade. Parabéns ao MPLA, ao regime, e a Eduardo dos Santos. É obra!
Um relatório do Banco Mundial revela que em Angola, uma em cada 29 mulheres morre durante o parto (dados de 2008), o que, sem surpresas, contrasta com as estatísticas da Suécia, onde esse rácio é de apenas uma em 11.400 mulheres.
No que se refere à mortalidade infantil (até aos cinco anos), Angola tem o segundo pior desempenho, apenas atrás do Afeganistão. A Guiné-Bissau surge em nono lugar e a Guiné Equatorial a 14º.
É claro que o problema (se é que a morte dos outros é um problema para os donos de Angola) é geral na África Subsaariana, região apresenta o risco de morte mais alto em crianças de até um ano de idade.
Um relatório elaborado pela UNICEF e pela OMS aponta que a taxa de mortalidade nessa faixa etária diminuiu, mas continua longe da meta imposta pelo quarto objectivo do milénio
O documento do Fundo das Nações Unidas para Infância e Juventude (UNICEF) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, em 2010, cerca de 7,6 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade morreram. A taxa é menor do que à registada na década de 90, quando em média morriam 12 milhões de crianças com menos de 5 anos por ano em todo o mundo, mas ainda está longe do quarto objectivo do milénio, que estimava uma redução de dois terços no número até 2015.
Em 2010, 12 mil crianças morreram por dia em todo o mundo. A maior parte delas na África Subsaariana e no Sul da Ásia, que representam 82% do total de óbitos nessa faixa etária. A tendência, porém, segundo a UNICEF, é de queda.
“A notícia de que a taxa de mortalidade infantil na África Subsaariana está em declínio, sendo duas vezes mais rápido do que era há uma década, mostra que podemos fazer progressos, mesmo em lugares mais pobres”, disse o Director Executivo da UNICEF, Anthony Lake.
De 1990 para 2010, a taxa global de mortes de menores de cinco anos diminuiu 35% - caiu de 88 mortos em cada 1000 crianças para 57 em cada mil. As demais regiões do mundo reduziram seus números em 50% ou mais, e o ritmo de declínio da mortalidade aumentou de 1,9% ao ano entre 1990 e 2000 para 2,5% ao ano. Ainda assim, na África Subsaariana, uma em cada oito crianças morre antes dos cinco anos.
Outro dado preocupante é que praticamente a metade das mortes em crianças com menos de cinco anos está concentrada em apenas cinco países: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão e China. Índia, com 22% das mortes, e Nigéria, com 11%, respondem sozinhas por um terço de todas as mortes. A maior parte dessas crianças - 70% - morre antes mesmo de completar o primeiro ano de vida.
Os quatro maiores causadores de mortes em crianças com menos de cinco anos em todo o mundo são: pneumonia (18%), diarreias (15%), complicações antes do parto (12%) e asfixia no parto (9%). Em mais de um terço dos casos, a subnutrição contribui para piorar a situação dessas crianças. E, na África Subsaariana, a malária ainda é uma das principais causas de morte, chegando ao índice de 16% de todas as crianças com menos de cinco anos mortas.
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