A repressão do regime sírio continua a fazer vítimas. Desta vez, os cortes de electricidade de que três hospitais foram alvo, resultaram na morte de 30 bebés.
Perante a passividade dos donos do mundo, o seu braço armado – a NATO, continua à procura, como na Líbia, de rebeldes amigos que possam morrer aos milhares para, dessa forma, tentar tirar o poder ao ditador Bashar al-Assad.
As clínicas onde aconteceram estas barbaridades, segundo avança o diário espanhol "El Mundo", situam-se na cidade de Hama, onde persistem os protestos contra o presidente Bashar al-Assad.
A maioria dos bebés encontrava-se em incubadoras e só no hospital Al Horani, há registo de 17 prematuros mortos na unidade de Neonatologia.
Citada pelo "El Mundo", Amira al Joder, mãe de uma das vítimas, conta que "a corrente do hospital foi interrompida durante cinco dias e acabou-se o combustível para o gerador".
Dizem os médicos do Al Horani que pediram ao Exército para fornecer o hospital com combustível para o gerador, tendo obtido como resposta que os soldados "não estavam autorizados a fazê-lo".
Só nesta hoje, 12 pessoas foram mortas pelo Exército sírio e dos "shabiha" (forças irregulares), durante os confrontos contra o regime de Bashar al-Assad.
E enquanto não arranjam carne local para canhão, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, pedem o "fim imediato do banho de sangue" na Síria.
Desde Março que a contestação contra o presidente sírio Bashar al-Assad já fez milhares de mortos civis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Todo o mundo sabe há muito, muito tempo, que Bashar al-Assad não era flor que se cheire. Mas o cheiro, o mesmo cheiro, já tem décadas e isso nunca incomodou os donos do mundo, tal como não os incomoda que o presidente de Angola, há 32 anos no poder sem ter sido eleito, tenha 70 por cento da população na pobreza.
No caso da Síria, como no da Líbia, é de facto uma chatice. Bem que Kadhafi e Bashar al-Assad poderiam ter resolvido a questão de outra forma, fazendo o mesmo que os seus homólogos do Egipto e da Tunísia.
Mas como são teimosos... lá têm os donos do mundo de pegar na listagem dos bons e dos maus para saberem quem iriam matar.
Não deixa, contudo, de ser curioso que embora consideram agora Bashar al-Assad e Kadhafi exemplos de todos os males, não se atrevam a fazer na Síria o que tão lestamente fizeram na Líbia.
1 comentário:
A ONU nao bai faser"lei" como la de Libia; NATO dejejaria, Rusia y China nao, quero ber si NATO mete o Nariz ????????????????
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