O experiente e catedrático (por parte do pai) político e vice-presidente da bancada do PSD, Luís Menezes, começa a mostrar que quem sai aos seus (não) degenera.
Hoje, numa estirada “sulistas e elitista”, afirmou que "não há duplo pagamento" na Lusoponte, acusou o PS de fazer "chafurdice política" e a Estradas de Portugal de ser um "braço armado" do anterior Governo.
É bom ver que, no cumprimento canino das ordens recebidas, o deputado não deixa os seus créditos oratórios, pelo menos estes, por bocas alheias.
Assim, juntou a "chafurdice política" ao já vasto léxico parlamentar onde, entre outras pérolas, constam: "Manso é a tua tia, pá!"; “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” , “política de fechadura”.
"Não há duplo pagamento nenhum e eu gostaria de deixar isto muito claro", disse Luís Menezes, mostrando que – embora com poderes delegados - também se julga dono da verdade. Por outras palavras, mesmo que seja mentira… se for o PSD a dizer passa a ser verdade.
"Tenho pena que os partidos políticos da oposição não tenham coisas mais relevantes para trazer para a opinião pública do que fazer uma chafurdice política, que é o que o PS anda a fazer", acusou Menezes (filho), acrescentando que o PSD pediu a presença do secretário de Estado dos Transportes na Comissão Parlamentar de Economia para esclarecer a tal coisa nada relevante.
Para Luís Filipe Valenzuela Tavares Menezes Lopes, economista, gestor de empresas e economista Director Geral do Grupo Unilabs Portugal, o "PS foi pródigo em deixar este tipo de problemas em várias áreas", com contratos "completamente armadilhados, impossíveis de mudar sem o acordo das contrapartes", como nas parcerias público-privadas.
Bem nos parecia. D. Afonso Henriques se fosse um bom patriota poderia ter deixado o reino lusitano nas mãos dos espanhóis, evitando assim esta constante fuga para… trás.
Acelerando pelas estradas de Portugal, certamente a caminho da moralização da chafurdice, o "vice" da bancada social-democrata acusou, por outro lado, a empresa Estradas de Portugal, de ter "participado neste jogo político, de fazer uma confusão com uma coisa que é simples".
Aqui chegado, Luís Menezes deve agora propor o desarmamento imediato desse “braço político armado do anterior Governo socialista".
Entretanto, longe desta – mas certamente perto de outra – chafurdice, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse também hoje esperar que o Governo recupere até 31 de Março o valor atribuído em 2011 à Lusoponte pela não cobrança em Agosto de portagens na Ponte 25 de Abril.
O valor - 4,4 milhões de euros - deverá ser descontado nas compensações financeiras que o Estado tem de fazer à concessionária da ponte depois de assinado o nono Acordo de Reequilíbrio Financeiro, ainda este mês.
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