quinta-feira, novembro 26, 2009

Corrupção e pobreza? Não, diz o MPLA.
Existem sim senhor, diz a Igreja Católica

O novo presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, D. Gabriel Mbilingi, arcebispo do Lubango (Angola), reconhece o elevado e pujante crescimento económico do país, mas lamenta a desigual distribuição da riqueza.

“O que nos preocupa é esta constatação de pobreza que nós vimos, enquanto vemos que há serviços que são oferecidos cada vez mais à comunidade, mas ao mesmo tempo o acesso a esses serviços, falo por exemplo na água, na luz, do pão, e até numa situação de crise, naturalmente os pobres ficam mais pobres, é essa a nossa preocupação. Muito dinheiro está na mão de pouca gente e muita gente vive dificuldades no seu dia-a-dia”, afirma D. Gabriel Mbilingi.

Finalmente, embora por outras palavras, alguém diz o que há muito é dito, redito e repetido aqui no Alto Hama: poucos têm milhões e milhõs têm pouco ou nada. É por isso que quantos mais tiverem coragem de abrir a boca para dizer a verdade, melhor será para todos aqueles milhões que abrem a boca apenas para ver se alguém lhes dá alguma coisa para comer.

Para o novo presidente da Conferência Episcopal Angolana, um dos principais problemas continua a ser a corrupção. “Apesar de reconhecer alguns avanços, a corrupção, a vários níveis é uma realidade que não podemos deixar de denunciar como um mal, chamamos-lhe um cancro. Se não for debelado, não se pode falar de desenvolvimento.”

Nem mais. Ao que parece a Igreja está farta de ver o país entregue a meia dúzia de famílias, todas da mesma cor política (o MPLA), que vivem à grande e que cospem na chipala dos milhões de angolanos (70%) que são gerados com fome, nascem com fome, e morrem pouco depois com fome.

Se a tudo isto se juntar o facto de o líder da Oposição, Isaías Samakuva, dizer que um dos exemplos da corrupção em Angola “são as transferências de avultadas somas para Portugal para comprar até empresas falidas para branquear dinheiro roubado ao povo de Angola”.

Ou, ainda, que existem "pressões" sobre o primeiro-ministro português, José Sócrates, para "libertar milhões de dólares de dinheiro público (angolano em contas de bancos portugueses) para determinadas contas privadas de mandatários do regime angolano" de forma a poderem "comprar empresas falidas" e "branquear" capitais...

1 comentário:

Anónimo disse...

A Igreja faz muito bem em denunciar e o Orlando presta um "serviço", num acto de amor apenas, em dar voz a esse pobre povo que não a tem!
Continue assim Orlando, que a sua missão é uma missão de honra. Gosto de o ver denunciar com tanta franqueza esses corruptos assassinos, como MPLA, Sócrates e tudo à mistura!
Será que o nosso 1º Ministro não quer imigrar e passar a fazer parte da corte, do cão de fila? Ou só quando tiver de fugir de uma carabina é que se disporá a tal? Ou será que nós portugueses vamos deixar andar, até ficarmos como Angola e deixar o sr. engenheiro, ser o cão de fila de um País que não passa de um buraco?! Aí bate asas e Europa!