
Cavaco Silva exprime ao Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, as «mais calorosas felicitações e sinceros votos de prosperidade para o Povo irmão de Angola».
O Presidente da República salienta que Portugal e Angola «souberam construir uma relação de sólida amizade e cooperação que, com a conquista da paz, se tem vindo a fortalecer e a expandir a novos domínios de interesse comum, com resultados expressivos e mutuamente vantajosos, tanto no quadro bilateral, como no da coordenação de esforços e posições na cena internacional».
«A solidez dos laços que nos unem e a convergência de posições em relação a muitos dos desafios centrais do nosso tempo, permitem-nos encarar o futuro com redobrada confiança e ambição», escreve Aníbal Cavaco Silva, na mensagem citada pela Lusa.
O Presidente da República português sublinha a parceria entre os dois países no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a «comum determinação em contribuir activamente para a sua crescente afirmação internacional e da língua portuguesa, património comum de todos os seus membros».
Quanto aos angolanos... nada. Pois. Quem tem de se preocupar com eles não é Cavaco. Para preocupações já bastam a Portugal os perto de 40% em risco de pobreza, os 600 mil desempregados, a queda no ranking da liberdade de imprensa, os casos de corrupção, a oculta face da promiscuidade entre política e economia etc. etc. etc.
Também não é a Portugal, que actualmente preside à CPLP, que cabe qualquer preocupação com o facto de no próximo ano a presidência dessa organização ir passar para o único presidente dos estados-membros não eleito: José Eduardo dos Santos.
A Cavaco o que interessa, reconheça-se com toda a legitimidade, é que – por exemplo – a Galp esteja a sorrir com o "forte impulso" resultante do arranque do campo angolano de Tômbua-Lândana, no qual se espera em 2010 uma produção de 90 mil barris de petróleo por dia. Ou que Eduardo dos Santos e o seu clã continue a comprar, a retalho ou por grosso, a antiga potência colonial.
Quanto ao resto... quem vier atrás que feche a porta.
1 comentário:
Ainda dizem que o Presidente não é interventivo?! Que faria se fosse!
Intervem em próprio benefício e dos seus compinchas da... bem é melhor nem dizer a palavra. Intervem em tudo menos na defesa dos direitos do seu povo.
Temos esta merda de políticos a vender o país à sucapa e salve-se quem puder, que é um vê se te avias!
Quando derem por isso, venderam até ao último centímetro quadrado...
É o que acontece quando os políticos compram a "justiça".
Será que nos arranjam uma brecha entre Angola e Namíbia, a ver se não desaparecemos do mapa?
E os partidos?! andam em jogos de diversão, desde a campanha para as europeias e nenhum explica o que se está a passar?!
Predadores! O pior é que nós deixamos... Apre!!
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