O semanário “Pikada” avança que as conversas escutadas entre um ex-sipaio e ex-vice-presidente de uma importante chitaca com o actual chefe do posto, revelam que este faltou à verdade quando disse, perante a Assembleia Nacional da sanzala que desconhecia tudo o que era acusado.
O jornal refere ainda que cinco certidões, extraídas do processo “barco ao fundo”, “implicam o chefe do posto em actividades que poderão ser consideradas tráfico de influências”.
O “Pikada” fala também numa acção para ajudar a salvar o grupo de chitacas onde se fabricava cachipembe e que é do amigalhaço Jacinto Chimuno.
O jornal escreve que Jacinto Chimuno precisava de injecções de capital para o salvar o fabrico de cachipempe, pelo que lhe foi concedido pelo ex-sipaio “um prolongamento do período de carência até 2012” – decisão que, refere o “Pikada”, terá sido adoptada pelo departamento do crédito às chitacas, que tinha à frente o tal ex-sipaio.
O jornal relata também que, nas conversas entre o chefe do posto e o sipaio, o primeiro terá pedido “dinheiro para as despesas dos cartazes e panfletos” da campanha de marketing para a comercialização da cachipembe.
O “Pikada” revela ainda que o sipaio e o chefe do posto falaram também sobre a necessidade de afastar o presidente da principal empresa de caminhos de ferro a lenha lá da região.
Estas decisões seriam, entretanto, do interesse do fazendeiro Mabeco Okapi, figura central do processo “barco ao fundo”, que “se queixava de, nos últimos anos, ser perseguido pela administração daquela empresa de caminhos de ferro a lenha nos respectivos concursos de venda de lenha” – escreve o jornal.
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