terça-feira, novembro 17, 2009

Nada de novo no reino lusitano

A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 9,8% no terceiro trimestre de 2009, o que representa um agravamento face aos 9,1% observados no trimestre anterior. Novidade? Nenhuma.

Portugal desceu novamente no ranking anual sobre a percepção da corrupção, segundo um relatório hoje divulgado pela organização não-governamental Transparency International. O país obteve 5,8 pontos, numa escala de zero (altamente corrupto) a dez (altamente limpo), contra 6,1 pontos no ano passado, caindo da 32ª para a 35ª posição, entre 180 países avaliados. Novidade? Nenhuma.

Os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o desemprego entre Julho e Setembro agravou-se 2,1 pontos percentuais face aos 7,7% observados no período homólogo de 2008. Este valor fica acima das previsões do Governo para o conjunto do ano, que apontavam para os 8,8%. Novidade? Nenhuma.

Desde 2005 que o país tem vindo a descer na lista relativa à corrupção. No ano passado, o processo Apito Dourado e o caso dos donativos do grupo Somague ao PSD tinham provocado uma baixa substancial no Índice de Percepção da Corrupção no país. Este ano, os casos Freeport e Face Oculta poderão ter contribuído para uma nova queda no ranking. Novidade? Nenhuma.

Em Portugal, 20% (vinte por cento, vinte em cada cem, uma em cada cinco) de crianças estão já expostas ao risco de pobreza. Novidade? Nenhuma.

No Índice de Percepção da Corrupção, que a Transparecy International publica anualmente, Portugal está na metade superior da tabela, próximo de Espanha (6,1), Porto Rico (5,8) e Botswana (5,6). Novidade? Nenhuma.

Em resumo, tudo continua na mesma. O primado da subserviência substituiu, ao que parece definitivamente, o da competência; a promiscuidade entre política e economia (entre outras) soma pontos e as colunas vertebrais amovíveis estão na moda...

1 comentário:

Anónimo disse...

Para dar emprego aos mais jovens, reformem os trabalhadores mais velhos, que até já descontaram o suficiente para isso. Reformem aos 40 anos de descontos sem penalizações, independentemente da idade (se começaram a descontar aos 20 terão agora 60 anos. Não acham que já chega?)
É imoral obrigar velhos a arrastarem-se, por vezes, penosamente para o trabalho enquanto jovens saudáveis não encontram ocupação e são sustentados e subsidiados para terem uma ocupação. A perversão é mais quando se sabe que os empregos escasseiam e não vão haver muitos mais a médio prazo.

Porque estão a dificultar a reforma dos mais velhos e recusam-na mesmo aos doentes com problemas graves? Hoje só reformam alguém por invalidez se estiver estendido numa cama sem poder levantar-se e mesmo assim.... Será melhor conceder subsídios tipo "rendimento mínimo" a jovens saudáveis do que libertar empregos ocupados por velhos, muitos deles doentes?

Zé da Burra o Alentejano