terça-feira, março 31, 2009

Afeganistão sim, Guiné-Bissau talvez
(assim se faz a história da Lusofonia)

O ministro português da Defesa Nacional (à esquerda na foto) disse hoje, em Tancos, não ter ainda conhecimento “oficial” da proposta, revelada segunda-feira pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, de um contingente militar ou policial destinado à Guiné-Bissau.

Não me digam que se esqueceram de Portugal? Ou será que o Governo de Lisboa sabe mas o seu ministro não? Tudo é possível no reino das ocidentais praias lusitanas.

Nuno Severiano Teixeira afirmou que uma eventual participação militar de Portugal numa força internacional, envolvendo os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e da Comunidade Económica dos Estados da Àfrica Ocidental, terá de ser “ponderada no quadro dos vários intervenientes”, considerando, contudo, “muito prematuro” fazer qualquer comentário neste momento.

Prematuro é com certeza. O melhor é esperar que sejam assassinados mais alguns dirigentes guineenses para, então sim, se pensar em pensar.

Entretanto, bem mais importante do que a Guiné-Bissau é o Afeganistão, país que como todos sabem tem uma afinidade com Portugal muito mais notória do que a Guiné-Bissau.

Assim sendo, o ministro reafirmou que Portugal vai reforçar, ao longo de 2009, a sua presença no Afeganistão, uma situação que acompanha “com cuidado e com atenção” e que será analisada “com o evoluir da situação”.

Na visita que fez hoje à Brigada de Reacção Rápida, em Tancos, Nuno Severiano Teixeira assistiu a um desfile das forças que, em breve, poderão ser empregues nos teatros operacionais no âmbito da NATO Response Force 13 e 14 e da equipa que está em fase de projecção para o Afeganistão.

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