Em Fevereiro de 2003, uma investigação do Notícias Lusófonas, concentrada sobretudo em Luanda, permitiu concluir que organizações que trabalham com alguns países árabes, sobretudo com o Iraque, recrutaram operacionais para «fazer alguns serviços» no exterior, mormente na Europa.
“Para além de angolanos, há também portugueses que foram contactados no sentido de «levar algumas encomendas para pontos estratégicos da Europa». Ao que tudo indica, Osama bin Laden vai adoptar uma nova estratégia de resposta: espalhar atentados por tudo quanto é sítio”, escreveu o NL no dia 18 de Fevereiro de 2003.
“Para além de angolanos, há também portugueses que foram contactados no sentido de «levar algumas encomendas para pontos estratégicos da Europa». Ao que tudo indica, Osama bin Laden vai adoptar uma nova estratégia de resposta: espalhar atentados por tudo quanto é sítio”, escreveu o NL no dia 18 de Fevereiro de 2003.
Vem esta lembrança a propósito de quê? A propósito de nas últimas 48 horas ter recebido de gente que conheço bem e há muito tempo, alertas para alguns “estranhos recrutamentos” que “árabes bem sucedidos” estão a fazer em Angola.
Quando questionados para serem mais concretos (sabendo eu – contudo – que ser mais concreto a partir de Luanda, por exemplo, é um risco) consegui que me remetessem para o trabalho do NL que agora cito.
Tudo isto significa, ou indicia, que extremistas radicais ligados ao islamismo estão a fazer “negócios” com operacionais angolanos e ou portugueses?
Talvez. De facto, como me dizia um dos contactos a partir de Kinshasa citando o Notícias Lusófonas, «tanto angolanos como portugueses têm grande facilidade de movimentação na Europa, para além de não levantarem suspeitas...».
Recorde-se igualmente que em Setembro de 2005 o Semanário Angolenese, sob o título”As pegadas de Al-Qaeda em Angola” trazia na primeira página como Manchete a passagem e, ou, fixação de elementos ligados à Al-Qaeda em Angola, nos últimos anos, em grande parte devido não só a sua extensa e vulnerável fronteira nacional mas também por causa na aproximação, cada vez maior – e compreensível e desejável – aos norte-americanos e ao mundo ocidental.
Igualmente relevante, como escreveu Eugénio Costa Almeida no NL, é a proliferação islâmica em Angola, “havendo quem questione as vantagens do aparecimento e proliferação de mesquitas em Luanda e em algumas outras cidades angolanas”.
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