terça-feira, janeiro 01, 2008

Soares pessimista em relação a 2008
- E não é que estou de acordo com ele?

Raramente, diria até que quase nunca, estou de acordo com as ideias de Mário Soares. No entanto, não sei pelo facto de estarmos ambos bem mais velhos (o termo de comparação situação em 1975), começo a concordar com algumas das ideias recentes do antigo presidente da República portuguesa e ao tempo descolonizador mor do reino.

Mário Soares afirmou agora, num artigo publicado no diário espanhol El Pais, que o ano de 2007 "não deixa saudades" e que o de 2008 "não parece ter um bom auspício". Concordo.


Para o ex-presidente da República, é “difícil fazer previsões” para 2008, tendo em conta as guerras e os sinais preocupantes nas áreas institucional, económica e religiosa.

“2008 não parece ter um bom auspício”, admitiu, porque “os sinais de crise financeira que afecta as Bolsas mundiais podem conduzir, com certa probabilidade, a uma importante crise económica, com inevitáveis reflexos na Europa" incluindo – saliento eu – o reino do seu amigo e correligionário José Sócrates.

Mário soares considera que “as desigualdades sociais são cada vez mais profundas, tanto nos países ricos como nos pobres”, o que pode justificar a “crispação” e “importantes revoltas” populares numa altura em que o neoliberalismo “está em vias de esgotamento”, incluindo – saliento eu – o reino do seu amigo e correligionário José Sócrates.

Sobre o ano 2007, o ex-chefe de Estado disse que não vai deixar “saudades neste mundo tão inseguro, incerto e complexo”, incluindo – saliento eu – o reino do seu amigo e correligionário José Sócrates.

Enfim. Começar o ano com um texto de opinião que cita Mário Soares não parece ser, aqui para o Alto Hama, a forma mais auspiciosa. Será, espero, um caso típico de começar mal para terminar bem.

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