Emídio Rangel, ao seu estilo, reconheça-se, dá hoje (na primeira parte de uma crónica que continua amanhã no Correio da Manhã) forte e feio no ministro Augusto Santos Silva, a propósito da política socialista para a RTP.
É uma prosa violenta? É sim senhor. Mas o Emídio Rangel é assim mesmo. Quando atira, atira a matar e com tudo o que tiver. Despeja o carregador (embora tenha sempre mais alguns atestados para o que der e vier). Talvez desperdice muitas munições. Mas ele não sabe jogar à defesa. O ataque é a sua melhor defesa. Com ele não há empates. Ou ganha ou perde. Quase sempre ganha.
Creio, aliás, que neste caso como em muitos outros, com estas ou com outras palavras, Emídio Rangel disse aquilo que muitos jornalistas pensam. Só pensam.
Recordo-me, a (des)propósito, que explicando num post aqui no Alto Hama as razões que o levaram a deixar o jornalismo para ser assessor do ministro Augusto Santos Silva, que entretanto o despedira, Carlos Narciso disse, com a franqueza habitual e rara de quem tem coluna vertebral: «Foi por necessidade absoluta de dar de comer aos meus dois filhos. Estava desempregado, tinha acabado de ser despedido da Impala absolutamente sem qualquer justa causa ou motivo profissional”.
“(…) não tenho o mínimo de consideração nem de respeito intelectual pelo saloio que detém no Governo a pasta da Comunicação Social e com quem mantenho, há anos, dissidências agravadas. Pelas baboseiras e falta de rigor que punha nas crónicas do ‘Público’, pela arrogância e pesporrência que exibia quando era ministro da Educação e logo a seguir da Cultura, sem ter feito nada, mesmo nada, nem pela educação nem pela cultura, porque o considero um dos ministros mais incompetentes do Governo de José Sócrates, tendo falhado de forma grotesca todas as decisões que tomou no âmbito da Comunicação Social, como sempre referenciei nas crónicas que escrevi ao longo do mandato do actual primeiro-ministro”, escreveu Emídio Rangel.
Será Emídio Rangel o único jornalista a considerar Santos Silva “um dos ministros mais incompetentes do Governo de José Sócrates”? Não, não é o único. É, contudo, dos poucos que o afirmam preto no branco.
E porque razão os muitos que pensam como Emídio Rangel estão calados? Pois, citando Carlos Narciso, porque “há a necessidade absoluta de dar de comer aos filhos”.
Para o bem e para o mal, a frase de Martin Luther King: "O que mais me preocupa é o silêncio dos bons", não se aplica a Emídio Rangel.
É uma prosa violenta? É sim senhor. Mas o Emídio Rangel é assim mesmo. Quando atira, atira a matar e com tudo o que tiver. Despeja o carregador (embora tenha sempre mais alguns atestados para o que der e vier). Talvez desperdice muitas munições. Mas ele não sabe jogar à defesa. O ataque é a sua melhor defesa. Com ele não há empates. Ou ganha ou perde. Quase sempre ganha.
Creio, aliás, que neste caso como em muitos outros, com estas ou com outras palavras, Emídio Rangel disse aquilo que muitos jornalistas pensam. Só pensam.
Recordo-me, a (des)propósito, que explicando num post aqui no Alto Hama as razões que o levaram a deixar o jornalismo para ser assessor do ministro Augusto Santos Silva, que entretanto o despedira, Carlos Narciso disse, com a franqueza habitual e rara de quem tem coluna vertebral: «Foi por necessidade absoluta de dar de comer aos meus dois filhos. Estava desempregado, tinha acabado de ser despedido da Impala absolutamente sem qualquer justa causa ou motivo profissional”.
“(…) não tenho o mínimo de consideração nem de respeito intelectual pelo saloio que detém no Governo a pasta da Comunicação Social e com quem mantenho, há anos, dissidências agravadas. Pelas baboseiras e falta de rigor que punha nas crónicas do ‘Público’, pela arrogância e pesporrência que exibia quando era ministro da Educação e logo a seguir da Cultura, sem ter feito nada, mesmo nada, nem pela educação nem pela cultura, porque o considero um dos ministros mais incompetentes do Governo de José Sócrates, tendo falhado de forma grotesca todas as decisões que tomou no âmbito da Comunicação Social, como sempre referenciei nas crónicas que escrevi ao longo do mandato do actual primeiro-ministro”, escreveu Emídio Rangel.
Será Emídio Rangel o único jornalista a considerar Santos Silva “um dos ministros mais incompetentes do Governo de José Sócrates”? Não, não é o único. É, contudo, dos poucos que o afirmam preto no branco.
E porque razão os muitos que pensam como Emídio Rangel estão calados? Pois, citando Carlos Narciso, porque “há a necessidade absoluta de dar de comer aos filhos”.
Para o bem e para o mal, a frase de Martin Luther King: "O que mais me preocupa é o silêncio dos bons", não se aplica a Emídio Rangel.
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