quarta-feira, janeiro 16, 2008

Se não fosse o facto de sem comer morrermos…

Digam lá que o homem, o engenheiro, o primeiro-ministro, não a sabe toda. Digam lá? Com a história da inflação, uma entre muitas história para encantar tolos, José Sócrates arrecadou 112 milhões de euros de receita (in)devida. O PSD chama-lhe "imposto escondido" cobrado a milhões de portugueses. É verdade, mas quem se está a rir com a nossa desgraça é José Sócrates.

E é simples. Nem é preciso ter um curso de inglês técnico ou de economista agrário. Basta ter lata. E lata, convenhamos, é coisa que não falta ao primeiro-ministro.

Pagar, paga-se pela inflação real. Receber, quando se recebe, é pela inflação prevista. E assim é pelo menos desde 2005. E assim se chega, mais coisa menos coisa, a uma receita orçamental (extra)ordinária dos mais de 110 milhões de euros.

Estão a ir ao nosso bolso? É claro que sim. Este Governo não tem feito outra coisa. Aos não socialistas (que não são aumentados, não arranjam emprego, não são promovidos, são despedidos) custa mais, muito mais, do que aos outros.

De que adianta vir o PSD (que também tem muitas culpas no cartório) dizer que este estratagema rosa vai atingir este ano cerca de três milhões de portugueses entre trabalhadores no activo, funcionários públicos e reformados com rendimentos modestos entre 500 e 1200 euros?

A solução passa por mostrar aos portugueses de bem que José Sócrates não é a solução para o problema mas que é, com ou sem diploma, um problema para a solução. Ou seja, é preciso solucionar o que resta, para ver se depois ainda sobra alguma coisa válida.

Se calhar não sobra. Mas quanto mais tarde pior. Ou será que temos de esperar que Sócrates empregue os 150 mil (socialistas) portugueses? Ou será que temos de ir nessa treta de terminar a legislatura?

Ou será que Portugal só vai acordar quando vir que na altura em que estamos a aprender a viver sem comer… morremos?

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