O arcebispo do Lubango, Dom Zacarias Kamuenho, considerou imoral o aproveitamento que está a ser feito em relação à detenção e condenação do correspondente da Rádio Ecclésia no Namibe, Armando Chicoca.
Ao prometer rever a situação profissional do jornalista em relação à Rádio Ecclésia, admitindo acabar com o vínculo profissional, Zacarias Kamuenho comprova – se é que isso era necessário – que nem a Igreja Católica consegue fazer frente à ditadura de Luanda, do MPLA e de Eduardo dos Santos.
Ao prometer rever a situação profissional do jornalista em relação à Rádio Ecclésia, admitindo acabar com o vínculo profissional, Zacarias Kamuenho comprova – se é que isso era necessário – que nem a Igreja Católica consegue fazer frente à ditadura de Luanda, do MPLA e de Eduardo dos Santos.
O arcebispo do Lubango afirmou que “certos meios de comunicação social quiseram fazer um aproveitamento da situação como se a Rádio Ecclésia fosse a visada, o que foi mal sucedido”.
Então a Rádio Ecclésia não foi, Dom Zacarias Kamuenho, visada? Para quem é que ele trabalhava? Tivesse Armando José Chicoca ganho um prémio internacional de Jornalismo e Dom Zacarias Kamuenho diria a mesma coisa? É claro que não!
1 comentário:
Os progressistas, no seio da Igreja, sempre foram condenados ao ostracismo. Inúmeros exemplos nos vêm da América Latina, em particular. Quem não se recorda, por exemplo, do julgamento inquisitorial a que foram submetidos os defensores da Teologia da Libertação e, em particular, o brasileiro Leonardo Boff? E o seu compatriota D. Hélder da Câmara? O suíço
Hans Hung que questionou a infalibilidade do Papa?
O namoro de 40 anos da Igreja e da ditadura em Portugal é suficientemente eloquente para se perceber que a Igreja, a católica em concreto, e os seus líderes sempre estiveram do lado do Poder.
A solidariedade para um jornalista seu colaborador,seria o mínimo exigível de uma qualquer entidade empregadora, que não se escudasse na batina da auto-censura, claro
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