Com o aproximar das eleições legislativas, sobretudo o MPLA e a UNITA vão afinando a máquina tendo em vista, julgo eu, vencer. Que a do MPLA, apesar de alguns problema internos, está afinada e pronta a deixar pregado ao chão o principal adversário, não tenho dúvidas. Também não tenho dúvidas quanto ao amadorismo que caracteriza o partido de Isaías Samakuva. Assim o “Galo Negro” não vai voar. Os mais altos dirigentes da UNITA preferem ser mortos pelo elogio do que salvos pela crítica. E quando assim é, não há nada a fazer.
Para o Presidente do maior Partido da oposição em Angola, o ano de 2008 é encarado como sendo o do “Encontro com o Nosso Destino”, já que ele definirá "o rumo do país e da UNITA e das nossas vidas nos próximos tempos".
É verdade. Acresce, contudo, que o destino é feito (pelo menos neste caso) pelos homens. E os homens da UNITA pouco ou nada estão a fazer para derrotar nas urnas o seu principal adversário.
Dir-me-ão que o MPLA tem dinheiro que nunca mais acaba, ao contrário da UNITA. É verdade. No entanto, recordo-me que a situação era a mesma, que as FAPLA/cubanos tinham do seu lado a gigantesca razão da força mas que, apesar disso, não conseguiram derrotar a força da razão que – na minha opinião – estava do lado das FALA.
Ou seja, a passividade, falta de engenho e marasmo da Direcção da UNITA (ou de parte dela) vai levar a que o MPLA chegue às eleições com a vitória garantida, não pelo seu mérito mas, sobretudo, pelo demérito da UNITA.
E é pena, para além de ser uma traição a todos quantos ao longo dos anos acreditaram que a UNITA seria a alternativa. Eu sei que muitos dos dirigentes da UNITA estão agora no lote dos poucos que têm milhões, enquanto o povo, o seu povo, continua no deserto dos milhões que têm pouco ou nada.
Também sei que a vitória do MPLA não alterará o seu status quo, pelo que lhes é indiferente que a UNITA ganhe ou perca. Seja qual for o resultado continuarão bem. Tão bem que alguns até evitam falar de Jonas Savimbi.
No que toca aos desafios que a UNITA tem para enfrentar as eleições, Isaías Samakuva sublinhou recentemente que é dever de todos os militantes prepararem-se psicologicamente para o facto de as eleições acarretarem responsabilidades acrescidas para cada um.
É verdade. Só falta passar da teoria à prática. Só falta o exemplo ser dado de cima para baixo.
Enfim. Cada vez mais me convenço que os dirigentes da UNITA preferem (ao contrário do que foi a prática do seu presidente fundador) ser assassinados pelo elogio do que salvos pelo crítica. O MPLA agradece mas, digo eu, os angolanos ficam a perder. Os angolanos do país real.
Para o Presidente do maior Partido da oposição em Angola, o ano de 2008 é encarado como sendo o do “Encontro com o Nosso Destino”, já que ele definirá "o rumo do país e da UNITA e das nossas vidas nos próximos tempos".
É verdade. Acresce, contudo, que o destino é feito (pelo menos neste caso) pelos homens. E os homens da UNITA pouco ou nada estão a fazer para derrotar nas urnas o seu principal adversário.
Dir-me-ão que o MPLA tem dinheiro que nunca mais acaba, ao contrário da UNITA. É verdade. No entanto, recordo-me que a situação era a mesma, que as FAPLA/cubanos tinham do seu lado a gigantesca razão da força mas que, apesar disso, não conseguiram derrotar a força da razão que – na minha opinião – estava do lado das FALA.
Ou seja, a passividade, falta de engenho e marasmo da Direcção da UNITA (ou de parte dela) vai levar a que o MPLA chegue às eleições com a vitória garantida, não pelo seu mérito mas, sobretudo, pelo demérito da UNITA.
E é pena, para além de ser uma traição a todos quantos ao longo dos anos acreditaram que a UNITA seria a alternativa. Eu sei que muitos dos dirigentes da UNITA estão agora no lote dos poucos que têm milhões, enquanto o povo, o seu povo, continua no deserto dos milhões que têm pouco ou nada.
Também sei que a vitória do MPLA não alterará o seu status quo, pelo que lhes é indiferente que a UNITA ganhe ou perca. Seja qual for o resultado continuarão bem. Tão bem que alguns até evitam falar de Jonas Savimbi.
No que toca aos desafios que a UNITA tem para enfrentar as eleições, Isaías Samakuva sublinhou recentemente que é dever de todos os militantes prepararem-se psicologicamente para o facto de as eleições acarretarem responsabilidades acrescidas para cada um.
É verdade. Só falta passar da teoria à prática. Só falta o exemplo ser dado de cima para baixo.
Enfim. Cada vez mais me convenço que os dirigentes da UNITA preferem (ao contrário do que foi a prática do seu presidente fundador) ser assassinados pelo elogio do que salvos pelo crítica. O MPLA agradece mas, digo eu, os angolanos ficam a perder. Os angolanos do país real.
1 comentário:
Bom comentário, Orlando.
Penso exactamente como tu.
Apesar de estar esquecido pelo Movimento, continuo da UNITA.
Aliás, logo após as eleições de 1992, fui evacuado para Brazaville e depois Lisboa, com a minha mulher e o filho, depois de estarmos mal-resguardados na Embaixada de portugal, em Luanda.
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