As autoridades galegas terão de chegar a acordo com o governo central espanhol para obterem o estatuto de observador associado da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), garantiu hoje o secretário executivo da organização.
Luís Fonseca recordou que as autoridades empenhadas na adesão da Galiza à CPLP já tinham sido alertadas para a necessidade do acordo prévio com Madrid. É o governo central espanhol que tem de dar “luz verde” à Galiza, insistiu o secretário-geral da CPLP, justificando a necessidade de “evitar conflitos diplomáticos”.
Segundo Luís Fonseca, a CPLP é formada por países, não por regiões e, portanto, a Galiza só poderá aspirar a ser um observador associado, estatuto que partilharia com os antigos territórios ultramarinos portugueses de Goa (Índia), Macau (China) e Malaca (Malásia).
A mesma fonte assegurou que, se a autorização for dada às autoridades galegas, a região espanhola terá muitas possibilidades de conquistar o desejado estatuto, dadas as muitas semelhanças e até convergências com a cultura portuguesa.
Neste momento, os únicos observadores associados da CPLP são a Guiné Equatorial e as Maurícias, às que se somará o Senegal na 7ª cimeira da organização marcada para os próximos dias 24 e 25 em Lisboa.
A Guiné Ecuatorial - frisou Luís Fonseca - terá entretanto de adoptar o Português como língua oficial, tal como já o fez com o Espanhol e o Francês.
A CPLP foi fundada em 1996, é integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste, totaliza 230 milhões de lusófonos e o seu PIB atinge 700.000 milhões de dólares (quase 450.000 milhões de euros). Pois...
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