O primeiro-ministro português, José Sócrates, inicia hoje uma visita oficial de 24 horas a Angola, tendo no topo da agenda um encontro com o presidente angolano, José Eduardo dos Santos e, creio, um passeio pela marginal.
Não conheço a ementa, mas atrevo-me a pensar que será parecida com a dos membros do G8 que para analisar a pobreza no mundo comeram trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005, que está avaliado em casas da especialidade online a cerca de 70 euros cada garrafa.
O chefe do Executivo de Lisboa reúne-se ainda com o seu homólogo angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, e participa na XXV Feira Internacional de Luanda(FILDA), que vive o dia dedicado a Portugal.
Na FILDA, Sócrates vai receber um galardão atribuído pela organização do certame, o “Leão de Ouro”, que distingue as figuras dos países que mais se evidenciam de entre os participantes.
Paralelamente ao programa de José Sócrates, delegações de Portugal e Angola assinam, no Ministério das Finanças, um conjunto de acordos bilaterais cujos conteúdos estão relacionados, entre outros, com os sectores da Educação e da Economia.
Esta visita de José Sócrates, a segunda desde que assumiu o cargo, está a ser vista com grande expectativa por parte dos empresários portugueses em Angola. De acordo com informação do Ministério da Economia e Inovação português, a balança comercial entre os dois países, teve, em 2007, um saldo favorável a Portugal de 1.310 milhões de euros.
Angola é, segundo dados do primeiro trimestre deste ano, o quinto mercado de destino das mercadorias portuguesas e o primeiro, ultrapassando os Estados Unidos da América, no sector das exportações portuguesas extra-comunitárias.
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