A franco-colombiana Ingrid Betancourt, refém das FARC durante seis anos, vai ser investida cavaleira da Legião de Honra pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy. Na Colômbia, o Governo anunciou contactos com a guerrilha.
A investidura de Ingrid Betancourt foi decidida pelo chefe de Estado francês, dias depois de ter sido resgatada do cativeiro a que esteve sujeita durante seis anos, pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
O presidente francês deverá entregar a condecoração, uma das mais altas distinções francesas, hoje, dia nacional de França, durante a festa organizada nos jardins do Palácio do Eliseu, após o tradicional desfile militar. Ingrid Betancourt, três norte-americanos e 11 militares colombianos recuperaram a liberdade no passado dia 2, durante uma operação de um comando helitransportado do Exército colombiano.
Entretanto, o Governo colombiano afirmou ontem que deu "os primeiros passos" voltados para um "diálogo directo" com as FARC.
"Evidentemente, já começamos a dar os primeiros passos e temos cronogramas estabelecidos dentro do Governo. Essa é uma decisão tomada", disse o alto comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, acrescentando que esses passos ocorrem sem a intervenção de outros governos.
"O importante é que muito rapidamente possamos constatar que realmente existe uma vontade de diálogo directo e, se existir, imediatamente iniciaremos o plano que, em conjunto com o presidente Álvaro Uribe, delineamos", disse Restrepo.
Por outro lado, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e Ingrid Betancourt comprometeram-se a continuar a trabalhar para libertar todos os reféns das FARC.
Zapatero, que se reuniu com Betancourt na Embaixada da Espanha em Paris, afirmou que continua a apoiar o presidente colombiano no sentido de se acabar com a violência e criar "um novo tempo" para a Colômbia.
"Betancourt já ocupa um lugar no coração da Espanha", disse ainda Zapatero.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
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