terça-feira, novembro 17, 2009

Vestem Hugo Boss, têm relógio Patek Phillipe e dão no acto 120 mil euros por uma pulseira

O perfil do cliente angolano em Portugal, que representa já 30% do mercado de luxo português é homem, 40 anos, empresário do ramo da construção, ex-militar ou com ligações ao governo. Veste Hugo Boss ou Ermenegildo Zegna. Compra relógios de ouro Patek Phillipe e Rolex.

O perfil do povo angolano, que representa 70% da população, é pé descalço, barriga vazia, vive nos bairros de lata, é gerado com fome, nasce com fome e morre pouco depois com... fome.

De acordo com as várias marcas contactadas pelo jornal Expresso, esses angolanos de primeira não olham a preços. Procuram qualidade e peças com o logo visível. É comum uma loja de luxo facturar, numa só venda, entre 50 e 100 mil euros, pagos por transferência bancária ou cartão de crédito.

Por outro lado, de acordo com a vida real dos angolanos (de segunda), 45% das crianças sofrem de má nutrição crónica e uma em cada quatro (25%) morre antes de atingir os cinco anos.

Na joalharia de luxo, os angolanos também se destacam, tanto pelo valor dos artigos que compram como pela facilidade com que os pagam. António Moura, que representa em Portugal a Chaumet, Dior e H. Stern, fala do caso recente de "uma senhora angolana que comprou uma pulseira por 120 mil euros, e pagou com cartão de crédito, sendo o pagamento imediatamente autorizado pelo banco".

Pois é. Em Angola, o acesso à boa educação, aos condomínios, ao capital accionista dos bancos e das seguradoras, aos grandes negócios, às licitações dos blocos petrolíferos, está limitado a um grupo muito restrito de famílias ligadas ao regime no poder.

Pois é. Entre milhões que nada têm, o importante são aqueles que vestem Hugo Boss ou Ermenegildo Zegna, compram relógios de ouro Patek Phillipe e Rolex, ou que dão 120 mil euros por uma pulseira.

2 comentários:

Calcinhas de Luanda disse...

A culpa disto é como toda a gente sabe do colono tuga. Foi com eles que a ilustre camada dirigente do país aprendeu tais hábitos consumistas. Aliás, foi ainda devido à influência pernicioso dos colonos tugas, que os ilustres e heróicos camaradas que lutaram contra a opressão colonialista degeneraram de puros e honestos marxistas em porcos e perversos capitalistas.
A colonização tuga é a mãe de todos os males de que sofre o povo angolano.
A camarilha branca e tuga conseguiu colocar no poder em Angola um bando de vendidos ao capitalismo internacional, vendidos estes que vão para a Europa gastar os frutos do seu saque...
Onde é que eu já li/ouvi isto?
É recorrente em África!
Pois é, 34 anos de independência deram em Angola o mesmo resultado que noutros países africanos.
De quem é a culpa? Já sabemos que o colonialismo tem as costas largas. Mas será que são tão largas assim? Quando é que em África irão aparecer líderes políticos íntegros? Bom, com o exemplo de alguns países europeus (Com Portugal à cabeça. Alvíssaras, Portugal está na frente...!), tais líderes estão condenados ao opróbrio.
Mais vale ser um político desonesto e vivo que um político integro e morto!
A culpa é de todos, dos próprios africanos inclusivé, mas principalmente dos políticos europeus e norte americanos que pactuam com semelhantes porcarias. Se a Europa e os EUA colocassem termo aos negócios escuros que os seus concidadãos realizam em África, era meio caminho andado para se acabar com a bandalheira
Como tal nunca irá acontecer...
Ou melhor, de facto irá acontecer um dia, muito longe no tempo, quando a África ficar bem espremidinha das suas riquezas naturais. Nessa altura não valerá a pena fazer negócio com África, o pessoal não terá dinheiro nem forças sequer para caçar ratos.
Que os africanos não esqueçam, a verdadeira riqueza de um povo ou de uma nação é a formação cultural das suas gentes! Os actuais dirigentes em vez de gastarem para formarem as gerações futuras, metem o dinheiro (das suas nações) ao bolso para depois o gastar em futilidades pessoais. E com os europeus a bater palmas. Pudera!

Anónimo disse...

Deixe que não tarda muito, todos estaremos na mesma situação que o povo angolano! é só mais um bocadinho...
Concordando com Calcinhas de Luanda, a Educação não convém... muito mais fácil é governar ignorantes, e na Europa, estamos no topo da lista. Cá a Educação é um logro, desde o 25 de Abril.
Quanto aos líderes europeus e norte americanos, não estão preocupados em reduzir o CO2, mas sim construir um novo mercado, onde até iremos pagar para respirar! sim porque sabendo eles que o Planeta não aguenta tanta gente, mas não aguenta mesmo, nos trâmites até agora usados, a estratégia deve ser outra... e bem mais assustadora. Guerra, revolta e se calhar as farmacêuticas, e pelo meio temos Rumsfeld, adepto e seguidor de Kissinger, que dizia que 2/3 da população teria de ser eliminada. Ora se não estão preocupados com o CO2, a estratégia será mesmo outra e começou em África.
Prometeram mais ajudas e diminuiram-nas, fazem questão de divulgar estes gastos supérfluos numa crise que mal começou... vacinas para "castas", patrocíneo do terror pelos media. Com a malária e o dengue não se preocupam , mas uma gripe é tão mortal que vai a nível 6 de pandemia!
O ano em que estalou a crise, por eles imposta, foi o ano em que a China, seguida dos EUA e UE mais gastaram em armamento. Sabiam daquela central que existia no Irão, figem que nada sabem e agora Eureka! nova descoberta. Apertam os prazos de desarmamento nuclear para o Irão, mas Israel, népia! Andam a fazer o quê esses capitalistas? A salvar o lugar deles no planeta, com o sacrifício das maiorias. É que se tudo fosse bem distribuído, não havia fome e talvez nem guerras, havia lugar para todos. A ganância falou sempre mais alto e chegou-se a este ponto de não retorno.
Invejo os dinamarqueses, que com um país tão pequeno como o nosso, construiram um futuro promissor. Um país que devido ao seu tamanho, é considerado de fácil governabilidade pelos entendidos. Nós por alguma coisa não passamos de cepa torta e cá para mim, o estarmos geopolíticamente no "centro do mundo", nunca nos deixarão ser governados. Há interesses internacionais e os donos, ou que assim se acham, de Portugal, já o venderam há muito. Além de que se houver experiências de comportamento de massas, nós somos com certeza as cobaias europeias e neste caso estão a testar o totalitarismo, neste amplo laboratório. É apenas pressentimento.