A linha do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), reabilitada e modernizada, entre o Porto do Lobito e o Planalto Central está em condições de garantir o transporte de passageiros e mercadorias, após 27 anos de paralisação.
Na ocasião, o Chefe do Estado (não eleito e há 32 anos no poder), percorreu de comboio um pequeno troço, até à estação central do Huambo, onde cortou a respectiva fita.
A ligação ferroviária entre as duas cidades é assim retomada após 27 anos de paralisação, devido o conflito armado.
E por falar no Huambo, recordo o que, em 1975, me disse nesta minha bela cidade, Jonas Savimbi: «Há coisas que não se definem - sentem-se. Angola não se define - sente-se».
E por falar no Huambo, recordo que na minha terra, na terra dos meus meninos, 45% das crianças sofrem de má nutrição crónica, sendo que uma em cada quatro (25%) morre antes de atingir os cinco anos. Continuam a ser geradas com fome, a nascer com fome, e a morrer pouco depois... com fome.
E por falar no Huambo, embora seja irrelevante, recordo-me de ter lido na imprensa portuguesa que a Zâmbia tem costa, que a terceira causa de morte em Moçambique era a queda de cocos, ou que o Caminho de Ferro de Benguela “liga esta cidade à Luanda Norte, centro de prospecção de diamantes...“
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