sexta-feira, agosto 05, 2011

Uma par(a)lamentar para a deputação

Por alguma razão já Eça de Queiroz dizia que “os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”.

Dizia, e muito bem, o ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, que “não basta ser rico para ser bem educado”. O mesmo se aplica (isso é que era bom!), presumo, aos ministros, aos jornalistas, aos deputados, aos assessores, entre outros.

Um país (não sei se o FMI ainda usa essa designação) que teve  um primeiro-ministro (José Sócrates) que se vira para um deputado e diz: "Manso é a tua tia, pá!"; que teve um ministro da economia (Manuel Pinho) que faz uns cornos para outro deputado; que tem um deputado (Ricardo Rodrigues, do PS) que rouba – ele chama-lhe “tomar posse” – os gravadores aos jornalistas que o entrevistavam, que tem uma deputada (Joana Catarina Barata Reis Lopes, do PSD) que faz testes de… estupidez ligando para o 112,  não é com certeza um país, nem mesmo um local frequentado por gente bem educada.

Se calhar, para além de ser militante, basta apresentar um atestado de estupidez e um certificado de analfabetismo funcional para se ser deputado.

Entre analfabetos puros e os que, como Joana Catarina Barata Reis Lopes, são analfabetos funcionais (sabem ler e escrever mas não lêem nem escrevem), eu prefiro os puros. Por regra são só isso: analfabetos. Os outros, basta olhar para muitos dos par(a)lamentares do reino lusitano, aliam sempre ao analfabetismo um boa dose de estupidez.

Aliás, se roubar gravadores dá direito a ser cabeça-de-lista, se fazer o que Joana Catarina Barata Reis Lopes fez lhe garantirá certamente um futuro lugar como super-especialista no Governo de Passos Coelho, já se poderá dizer que Portugal é um dos países mais desenvolvidos do norte de… África.

Se calhar, digo eu do alto da minha ingenuidade e certamente má educação, os deputados do prostíbulo (outrora chamado de Parlamento) apenas seguem os exemplos dos mais altos representantes do bacanal colectivo que, no mesmo local, falam de “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” e “política de fechadura”...

Seja como for, com as suas brilhantes escolhas para deputados, o PSD revelou até agora uma exímia liderança no contexto prostibular, mesmo quando os seus analfabetos funcionais, para simplificar  os processos, não assinam documentos e se limitam a dar a sua impressão… digital.

Mas até mesmo esta forma de assinar poderá ter os dias contados, o que será necessariamente uma chatice. É que uma nova tecnologia que está a ser desenvolvida numa universidade britânica consegue detectar, para já, substâncias como explosivos e drogas nas impressões digitais de suspeitos.

Segundo a BBC, investigadores da Universidade de Sheffield Hallam desenvolveram uma forma de captar impressões digitais que, não só reconhece os veios dos dedos, como consegue igualmente detectar a presença no organismo de substâncias como cafeína ou drogas, bem como detecta se a pessoa esteve em contacto com explosivos ou secreções corporais.

Admite-se, contudo, que possa vir a detectar também valores de estupidez acima do normal.  Se tal for possível, Joana Catarina Barata Reis Lopes estará tramada.

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