Manuel Pinto da Costa venceu a segunda volta das Presidenciais em São Tomé e Príncipe com 52,88 por cento. Angola aplaude.
Manuel Pinto da Costa apresentou-se às presidenciais com uma candidatura supra-partidária, embora apoiada pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata e Partido da Convergência Democrática, ambos na oposição.
Manuel Pinto da Costa foi, a par de Manuel Trovoada, um dos patrocinadores do multipartidarismo no país, em 1991.
Com a eleição de Manuel Pinto da Costa, as relações de São Tomé e Príncipe com Angola vão florescer, desde logo porque o presidente eleito sempre quis que o seu país fosse uma porta aberta e com ligação directa a Luanda.
Angola continua, aliás, a ser um dos principais parceiros políticos e económicos de São Tomé e Príncipe, desempenhando – embora com altos e baixos – o papel do paizinho sempre pronto a dar uma ajuda, embora nem sempre de forma filantrópica e por sincera solidariedade.
Ao contrário do que acontece desde 11 de Novembro de 1975 em Angola, país de referência para a Lusofonia, em São Tomé e Príncipe o presidente da República é… eleito.
Seja como for, o povo escolheu. E se o país vai virar-se para Luanda ou para outro lado qualquer é uma questão interna ou, eventualmente, da Lusofonia.
Por saber fica, entretanto, se de facto São Tomé pertence à Lusofonia. Recordo-me, a este propósito, de em tempos ter ouvido o responsável para a área dos mercados internacionais da JP Sá Couto, Luís Pinto, que na altura falava à margem do lançamento pela Portugal Telecom do Sapo Moçambique e do Programa Magalhães, dizer que a sua empresa estava "percorrer uma série de países da área francófona em África, como o Gabão, Camarões, Senegal, Costa de Marfim, São Tomé e Príncipe e Chade".
E eu, que não tenho o Magalhães, até julgava que quando se falasse de São Tomé e Príncipe seria no contexto não da Francofonia mas da Lusofonia...
Embora a principal actividade económica do país seja a agricultura, que produz cacau, óleo de palma, café e coco e na pesca, a recém-descoberta de jazidas de petróleo nas suas águas pode constituir uma importante fonte de receitas e de energia no futuro, tudo indicando que Angola vá assessorar este dossier.
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