O jornalista Madi Ceesay desafiou os dirigentes do seu país natal, a Gâmbia, para compreenderem que o poder não é ter o privilégio de andar de limousine, mas sim ter a responsabilidade de servir o povo. Ceesay esteve recentemente nos Estados Unidos para receber o Prémio Liberdade de Imprensa do Comité de Protecção dos Jornalistas (CPJ). Disse na altura que as autoridades gambianas vêem os jornalistas independentes como agentes de políticos rivais, em vez de advogados dos oprimidos. Ceesay disse que a sua prisão em 2000 e 2006 enviou um aviso a outros jornalistas.
Por Paulo Faria
Voz da América
“A mensagem é receio, receio e receio. Porque, de facto, quando fui preso e fui mal tratado a ponto de ser torturado e os meus colegas souberam disso, pensaram duas vezes sobre o que fazer”.
A jornalista iraquiana Atwar Bahjat foi também agraciada com Prémio Liberdade de Imprensa, mas a titulo póstumo. Foi um dos cerca de 80 jornalistas mortos no Iraque desde 2003. E Hayatullah Khan, do Paquistão, foi um dos perto de 600 jornalistas assassinados em todo o mundo desde 1992. Khan morreu em Junho depois da sua reportagem sobre a morte de uma destacada figura da al-Qaida contradizer a explicação do governo.
O CPJ disse que 85 por cento dos assassinos dos jornalistas não são perseguidos e os perpetradores – autocratas, senhores da guerra e traficantes de drogas – continuam a solta.
O director executivo do CPJ, Joel Simon, afirmou que os jornalistas hoje em dia enfrentam um novo desafio a quem chama de “democraditadores”, dirigentes autoritários que adoptam uma fachada democrática para subverter a democracia.
“Significa isso que temos de despender energias consideráveis para documentar esses mais sofisticados e subtis tipos de abusos, denunciando-os e explicando ao mundo e, aos nossos constituintes, o que é que realmente se está a passar. Esses abusos estão mais escondidos”.
Simon aplica o termo “democraditador” ao presidente russo Vladimir Putin, cujo governo tem feito novas leis que restringem as actividades dos mídias, organizações não-governamentais e grupos de direitos humanos.
Putin tem sido também criticado por aquilo que muitos vêem como uma reacção tardia e frouxa ao assassínio da jornalista Anna Politkovskaya, uma critica do presidente russo e da guerra na Chechénia. No seu funeral, o embaixador britânico em Moscovo, Anthony Brenton, afirmou que o Kremlin tem conhecimento de que o assassínio de Politkovskaya não foi um incidente isolado.
“Eles sabem que a morte de jornalistas deste quilate é uma doença russa, que precisam lidar por forma a que a Rússia se torne num tipo de democracia e sociedade, que eles e nós queremos que se torne.”
O ultimo jornalista assassinado nos Estados Unidos foi Manuel de Dios Unanue, um repórter do diário em língua espanhola “El Diario”, de Nova York. Ele morreu em 1992 quando revelava as actividades do cartel de droga colombiano em Nova York.
O ultimo jornalista de língua inglesa a ser silenciado nos Estados Unidos foi Donald Bolle, que morreu em 1972 durante uma investigação da Mafia no Arizona. Cerca de 40 jornalistas inundaram aquele estado para continuarem a sua investigação, levando a condenação do seu assassino.
Christopher Simpson, um professor de Jornalismo na Universidade Americana, em Washington, atribui a relativa segurança dos jornalistas americanos à ausência de uma corrupção sistemática nos Estados Unidos. Mas Simpson afirma ser perigoso expor políticos individualmente em países onde a maioria dos funcionários é corrupta.
“Os outros sabem disso e por isso o sistema, como tal, irá virar-se contra esse repórter. Perigoso e é por isso que centenas de jornalistas nos últimos anos perderam a vida”.
Os nomes desses jornalistas estão inscritos num monumento em Arlington, Virgínia, junto ao rio Potomac que atravessa a cidade de Washington. O jornalista gambiano Madi Ceesay tem receio de que o seu nome possa algum dia ser acrescentado ao monumento. No entanto, afirma que arrisca a sua vida porque, como disse, “alguém tem de falar em nome dos que não tem voz”.
“A mensagem é receio, receio e receio. Porque, de facto, quando fui preso e fui mal tratado a ponto de ser torturado e os meus colegas souberam disso, pensaram duas vezes sobre o que fazer”.
A jornalista iraquiana Atwar Bahjat foi também agraciada com Prémio Liberdade de Imprensa, mas a titulo póstumo. Foi um dos cerca de 80 jornalistas mortos no Iraque desde 2003. E Hayatullah Khan, do Paquistão, foi um dos perto de 600 jornalistas assassinados em todo o mundo desde 1992. Khan morreu em Junho depois da sua reportagem sobre a morte de uma destacada figura da al-Qaida contradizer a explicação do governo.
O CPJ disse que 85 por cento dos assassinos dos jornalistas não são perseguidos e os perpetradores – autocratas, senhores da guerra e traficantes de drogas – continuam a solta.
O director executivo do CPJ, Joel Simon, afirmou que os jornalistas hoje em dia enfrentam um novo desafio a quem chama de “democraditadores”, dirigentes autoritários que adoptam uma fachada democrática para subverter a democracia.
“Significa isso que temos de despender energias consideráveis para documentar esses mais sofisticados e subtis tipos de abusos, denunciando-os e explicando ao mundo e, aos nossos constituintes, o que é que realmente se está a passar. Esses abusos estão mais escondidos”.
Simon aplica o termo “democraditador” ao presidente russo Vladimir Putin, cujo governo tem feito novas leis que restringem as actividades dos mídias, organizações não-governamentais e grupos de direitos humanos.
Putin tem sido também criticado por aquilo que muitos vêem como uma reacção tardia e frouxa ao assassínio da jornalista Anna Politkovskaya, uma critica do presidente russo e da guerra na Chechénia. No seu funeral, o embaixador britânico em Moscovo, Anthony Brenton, afirmou que o Kremlin tem conhecimento de que o assassínio de Politkovskaya não foi um incidente isolado.
“Eles sabem que a morte de jornalistas deste quilate é uma doença russa, que precisam lidar por forma a que a Rússia se torne num tipo de democracia e sociedade, que eles e nós queremos que se torne.”
O ultimo jornalista assassinado nos Estados Unidos foi Manuel de Dios Unanue, um repórter do diário em língua espanhola “El Diario”, de Nova York. Ele morreu em 1992 quando revelava as actividades do cartel de droga colombiano em Nova York.
O ultimo jornalista de língua inglesa a ser silenciado nos Estados Unidos foi Donald Bolle, que morreu em 1972 durante uma investigação da Mafia no Arizona. Cerca de 40 jornalistas inundaram aquele estado para continuarem a sua investigação, levando a condenação do seu assassino.
Christopher Simpson, um professor de Jornalismo na Universidade Americana, em Washington, atribui a relativa segurança dos jornalistas americanos à ausência de uma corrupção sistemática nos Estados Unidos. Mas Simpson afirma ser perigoso expor políticos individualmente em países onde a maioria dos funcionários é corrupta.
“Os outros sabem disso e por isso o sistema, como tal, irá virar-se contra esse repórter. Perigoso e é por isso que centenas de jornalistas nos últimos anos perderam a vida”.
Os nomes desses jornalistas estão inscritos num monumento em Arlington, Virgínia, junto ao rio Potomac que atravessa a cidade de Washington. O jornalista gambiano Madi Ceesay tem receio de que o seu nome possa algum dia ser acrescentado ao monumento. No entanto, afirma que arrisca a sua vida porque, como disse, “alguém tem de falar em nome dos que não tem voz”.
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