Alguns sinais indiciam que Angola está a mudar. Mas, ao mesmo tempo, há sinais claros que muita gente ligada ao poder que, por querer ser mais papista do que o papa, não está interessada em que as coisas mudem. Multiplicam-se os casos estranhos e as ameaças. Há, contudo, a certeza de haver mais gente a dizer: a luta continua, ninguém nos cala.
O Folha 8 viu uma das suas edições boicotada por uma estranha anomalia. Tão estranha que dizer que foi boicotada é a forma mais ténue e singela de me referir ao assunto. Os inimigos da democracia estão a ver que o tacho pode ir por água abaixo e, com ou sem ordem superior, tratam de minar todos aqueles que põem o Povo acima de tudo.
Amedrontados pela mudança não toleram os que querem e dão voz aos que a não têm. É pena. Não é matando o mensageiro que anulam o impacto da mensagem. Até porque (será que alguém lhes explica isso?) a mensagem é cada vez mais conhecida em vários pontos do mundo e, por isso, impossível de matar.
As ameaças, anónimas ou não, continuam a proliferar. Através de familiares ou de conhecidos os sipaios ao serviço de sua majestada o MPLA vão deixando recados em tudo quanto é sítio.
E têm até o desplante de avisar: “Se ele não muda até a família vai sofrer”. A técnica é conhecida e os resultados também. Poderão ganhar algumas batalhas, mas vão perder a guerra. E vão perdê-la porque quem decide o futuro, mesmo numa ditadura, é o Povo. E esse tem há muito a barriga vazia.
E se a uns é fácil fazer chegar a ameaça, a outros fazem chegar recados supostamente amigos. Fazem-no por interpostos capatazes que, com uma auréola reluzente, nos dizem: “Vê lá se deixas de chatear essa malta”.
Num dos casos perguntei: E que ganho eu em deixar de os chatear?
“Diz o que queres. Umas boas férias em Luanda? É só dizeres”, responderam-me.
Fiquei de dizer o que quero. E é isso que aqui faço agora:
Quero continuar a chatear os poucos que têm milhões e se estão nas tintas para os milhões que têm pouco ou nada. Estamos esclarecidos?
O Folha 8 viu uma das suas edições boicotada por uma estranha anomalia. Tão estranha que dizer que foi boicotada é a forma mais ténue e singela de me referir ao assunto. Os inimigos da democracia estão a ver que o tacho pode ir por água abaixo e, com ou sem ordem superior, tratam de minar todos aqueles que põem o Povo acima de tudo.
Amedrontados pela mudança não toleram os que querem e dão voz aos que a não têm. É pena. Não é matando o mensageiro que anulam o impacto da mensagem. Até porque (será que alguém lhes explica isso?) a mensagem é cada vez mais conhecida em vários pontos do mundo e, por isso, impossível de matar.
As ameaças, anónimas ou não, continuam a proliferar. Através de familiares ou de conhecidos os sipaios ao serviço de sua majestada o MPLA vão deixando recados em tudo quanto é sítio.
E têm até o desplante de avisar: “Se ele não muda até a família vai sofrer”. A técnica é conhecida e os resultados também. Poderão ganhar algumas batalhas, mas vão perder a guerra. E vão perdê-la porque quem decide o futuro, mesmo numa ditadura, é o Povo. E esse tem há muito a barriga vazia.
E se a uns é fácil fazer chegar a ameaça, a outros fazem chegar recados supostamente amigos. Fazem-no por interpostos capatazes que, com uma auréola reluzente, nos dizem: “Vê lá se deixas de chatear essa malta”.
Num dos casos perguntei: E que ganho eu em deixar de os chatear?
“Diz o que queres. Umas boas férias em Luanda? É só dizeres”, responderam-me.
Fiquei de dizer o que quero. E é isso que aqui faço agora:
Quero continuar a chatear os poucos que têm milhões e se estão nas tintas para os milhões que têm pouco ou nada. Estamos esclarecidos?
1 comentário:
Agora percebo porque não há subsídios para ir a Luanda apresentar os meus livros ou dar conferências.
Custou a perceber, mas obrigado pela dica.
Kandandu
EA
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