domingo, dezembro 17, 2006

Neve nocturna

Sentindo na noite
O silêncio pesado das vítimas
De solidão
Regressar a casa, revolver um passado demasiado presente.
Inconstante, ainda assim.
As feridas que ardem,
Que jazem nos corpos em movimento
Num rodopio trôpego, soluçante.
Sempre só(brio).
Um expectante sobressalto desperta
Na acalmia passiva das mãos abertas
Esperando
Contando os dias
As noites
Em branco.
Como a neve cristalina que cobre
O negro do chão
Manchado de sangue.
E quando a estrada acabar?

Por: Orlando Gilberto Castro
In
http://frigorificoamarelo.blogspot.com/


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