Os portugueses são um povo solitário (mais de meio milhão vive sozinho), ingénuo (ainda acreditam em José Sócrates), lixado e mal e pago (bem mais do que 500 mil desempregados). Grande parte deles acreditava que este Governo socialista ia tripular um carro quatro por quatro, tal é a formação que muitos ministros e similares têm em conduzir verdadeiras bombas.
Em cada dia que passa, os portugueses voltam a descobrir que, afinal, esta governação (tal como as anteriores) não passa de quatro por quarto. Ou seja, mais um bacanal de amigos que continuam a dizer "venham mais cinco" (do partido) para completar o regabofe, seja no Executivo ou nas empresas em que o Estado manda. Parece, mais uma vez, que os votos só serviram para mudar as moscas.
Em cada dia que passa, os portugueses voltam a descobrir que, afinal, esta governação (tal como as anteriores) não passa de quatro por quarto. Ou seja, mais um bacanal de amigos que continuam a dizer "venham mais cinco" (do partido) para completar o regabofe, seja no Executivo ou nas empresas em que o Estado manda. Parece, mais uma vez, que os votos só serviram para mudar as moscas.
Se já era grave ver o Parlamento e o Governo cheio de políticas e de políticos acéfalos, vemos a situação piorar com a tomada de assalto feita às empresas onde o Estado/Governo tem poder de decisão, mesmo quando isso prefigura a passagem para o sector privado.
Os amigos, mesmo que tenham de se descalçar para contar até 12 (e tantos eles são), entram sempre que querem e ocupam lugares de chefia. Os outros, embora mais competentes, continuam nas listas de espera.
O Governo de José Sócrates já teve tempo de sobra para mostrar o que (não) vale. Feitas as contas, vale muito pouco. Ele e os seus deputados preferem ser arruinados pelo elogio a serem salvos pela crítica.
Continuam a contratar mercenários para vencer uma guerra que só poderá ser ganha quando o primado da competência substituir o pujante primado da subserviência, do tráfico de influência e da corrupção. Continua, ao fim e ao cabo da mesma forma do que todos os outros, a passar um atestado de menoridade aos portugueses na esperança, é claro, de que no ano das eleições as migalhas façam esquecer tudo.
Mesmo as novas gerações de políticos, e o PS tem alguns, não escapam a este defeito de fabrico. Quase todos eles não sabem fazer mais nada do que, a mando de quem manda, dizer mal das ideias dos outros e avançar com a teoria de que é preciso pôr em prática a tese do olho por olho, dente por dente... amigos ao poder.
Os políticos portugueses têm alguma dificuldade em descer (ou subir) até ao Povo. Salvo nos períodos eleitorais, onde até os vemos a beijar crianças sujas de miséria, os políticos passam ao lado do (dito e maltratado) país real.
Mais uma vez (desculpem lá a insistência) se verifica que os milhões que têm pouco só interessam quando vão depositar o voto. Fora disso, é claro, o que conta são os poucos que têm milhões.
Um dia destes eles (eles, os milhões de portugueses que estão fartos de ser usados e abusados) vão dizer basta. Nessa altura o que estará em perigo, e estará mesmo - podem ter a certeza, será a democracia. Creio, por isso, que quando os portugueses tiverem de escolher entre uma ditadura de barriga cheia e uma democracia com ela vazia, não terão grandes dúvidas.
Porque é fácil, barato e dá milhões, os democratas da praça portuguesa não estão interessados em falar destas questões. Acreditam que o Povo tem memória curta. E tem. É curta mas existe. E não será difícil recordar que, feitas as contas, continuam num regime de mediocridade, de fraudes, de injustiças, de corrupção e de nepotismo.
Ao que parece, ao que me parece, os políticos portugueses não olham para o Povo. Não olham, não ouvem, não lêem o que o Povo diz. Por isso, creio, estão a fornecer ao Povo a corda com que Ele vai, mais dia menos dia, enforcar esses mesmos políticos.
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