Morreu Alberto Teta Lando, um dos maiores vultos da música angolana. Como disse, em Maio de 2006, o meu amigo Jorge Eurico
“só não gosta da música de Teta Lando quem não está bom da cabeça (porque não a consegue menear) ou é doente do pé (porque não consegue escrever o seu nome no chão quando dá passadas)".
Natural de Mbanza Congo, Alberto Teta Lando gravou os seus primeiros discos em 1969 para a Valentim de Carvalho, alcançando grande sucesso com "Mumpiozo Uami" (Um assobio Meu".
Com a independência e devido ao seu apoio a Holden Roberto, líder da FNLA, foi obrigado a exilar-se em Paris, onde residiu longos anos e acabou agora por morrer. E ao ouvir, mesmo que apenas na rádio da saudade sintonizada na alma, temas como "Eu Vou Voltar", "Carapinha Dura", "Mamã Grande", ou "Reunir", tudo em mim treme.
Todos nós estamos mais pobres. Obrigado Teta Lando.
1 comentário:
A música de Teta Lando mexia com o povo, disso não há dúvidas. Quando ganhou o "Disco de Ouro 1974" não foi por acaso. Com um cunho político forte, soube afirmar-se em Angola e na Europa como um músico de excelência.
Cantou sobre o colonialismo "Tia Chica" por exemplo, mas também sobre o estado actual de Angola com "Reunir".
Há cerca de 3 anos perguntava-lhe um jornalista da RDP Africa quando Teta Lando voltaria a gravar, ao que ele respondeu: "Enquanto achar, vou continuar cantando - Angolano segue em Frente..." Soltando-se uma enorme gargalhada, mas a verdade é que 34 anos depois de 1ª gravação deste tema, continua actual.
Que a memória deste músico nunca seja esquecida.
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