No dia 30 de Abril de 2009 os trabalhadores do Jornal de Notícias despedidos colectivamente terminaram o seu vínculo à empresa. Talvez como agradecimento ao seu desempenho, o jornal publicou nesse dia o texto que se segue e a que deu o título de «JN aumenta vendas em cenário de queda».
«Compraram-se menos jornais diários nos primeiros dois meses de 2009 do que em igual período do ano passado. O quadro pouco animador para a Imprensa é contrariado apenas pelo Jornal Notícias, actualmente líder de audiências.
A circulação paga dos principais títulos - 24 Horas, Correio da Manhã (CM), Diário de Notícias, Jornal de Notícias (JN), Público - caiu mais de quatro mil exemplares no primeiro bimestre em relação a período homólogo de 2008, graças sobretudo às quedas do CM, do grupo Cofina e do Público, da Sonaecom, segundo dados ontem divulgados pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT). Contrariando a tendência, o JN, do grupo Controlinveste, conquista mais mil compradores, fixando-se em 103 mil exemplares, valor acima da média de 2008: 101.206. O CM mantém a liderança no segmento, mas perde quatro mil jornais em termos de circulação paga. E os 116 mil exemplares deste ano são inferiores à média geral de 2008: 118 mil.
Em terceiro lugar, mantendo sensivelmente as vendas do ano anterior no bimestre (desceu duas centenas), surge o Diário de Notícias, do grupo Controlinveste, com 49 mil jornais. Seguindo-se o Público, com uma média de 42 mil, valor que teria sido mais dramático se o diário não tivesse conseguido inverter a tendência de Janeiro. Nesse mês, o Público não foi além dos 36 mil jornais. Em relação ao início de 2008, desceu 2.3%. O 24 Horas, também da Controlinveste, tem conseguido vender 33 mil, menos quatrocentos exemplares do que em 2008.
Foi com este resultado de vendas que o JN se conseguiu posicionar como líder de audiências no primeiro trimestre deste ano. Segundo o Bareme da Marktest, no primeiro trimestre de 2009, o JN foi o jornal que captou a atenção do maior número de leitores. Conclusão: 12.2% dos portugueses folhearam a publicação ou partilharam-na. O segundo lugar pertence ao CM. As posições seguintes decalcam o top da circulação paga.
Na tabela respeitante à venda dos semanários, apenas a revista Sábado parece escapar à retracção provocada pela crise económica. O magazine da Cofina sobe 4.9%, conseguindo registar 77 mil números. Já a Visão e o Expresso, da Impresa, não resistem a uma quebra de 22.6% e 7.3%, respectivamente. Os 120 mil exemplares do Expresso do início de 2008 deram lugar, em 2009, a 112 mil. A Visão deixa a fasquia dos três algarismos: 125.478 passou para 97 mil.
Mais optimista é a prestação dos jornais de Economia. Tanto o Jornal de Negócios como o Diário Económico têm cativado mais leitores. Este último alcançou os 16 mil, mais quatro mil do que no ano anterior no bimestre. O Jornal de Negócios sobe mil exemplares e apresenta 10 mil números em circulação paga. »
Legenda: Jantar de “até já” dos jornalistas do JN.
Foto: Fernando Oliveira
A circulação paga dos principais títulos - 24 Horas, Correio da Manhã (CM), Diário de Notícias, Jornal de Notícias (JN), Público - caiu mais de quatro mil exemplares no primeiro bimestre em relação a período homólogo de 2008, graças sobretudo às quedas do CM, do grupo Cofina e do Público, da Sonaecom, segundo dados ontem divulgados pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT). Contrariando a tendência, o JN, do grupo Controlinveste, conquista mais mil compradores, fixando-se em 103 mil exemplares, valor acima da média de 2008: 101.206. O CM mantém a liderança no segmento, mas perde quatro mil jornais em termos de circulação paga. E os 116 mil exemplares deste ano são inferiores à média geral de 2008: 118 mil.
Em terceiro lugar, mantendo sensivelmente as vendas do ano anterior no bimestre (desceu duas centenas), surge o Diário de Notícias, do grupo Controlinveste, com 49 mil jornais. Seguindo-se o Público, com uma média de 42 mil, valor que teria sido mais dramático se o diário não tivesse conseguido inverter a tendência de Janeiro. Nesse mês, o Público não foi além dos 36 mil jornais. Em relação ao início de 2008, desceu 2.3%. O 24 Horas, também da Controlinveste, tem conseguido vender 33 mil, menos quatrocentos exemplares do que em 2008.
Foi com este resultado de vendas que o JN se conseguiu posicionar como líder de audiências no primeiro trimestre deste ano. Segundo o Bareme da Marktest, no primeiro trimestre de 2009, o JN foi o jornal que captou a atenção do maior número de leitores. Conclusão: 12.2% dos portugueses folhearam a publicação ou partilharam-na. O segundo lugar pertence ao CM. As posições seguintes decalcam o top da circulação paga.
Na tabela respeitante à venda dos semanários, apenas a revista Sábado parece escapar à retracção provocada pela crise económica. O magazine da Cofina sobe 4.9%, conseguindo registar 77 mil números. Já a Visão e o Expresso, da Impresa, não resistem a uma quebra de 22.6% e 7.3%, respectivamente. Os 120 mil exemplares do Expresso do início de 2008 deram lugar, em 2009, a 112 mil. A Visão deixa a fasquia dos três algarismos: 125.478 passou para 97 mil.
Mais optimista é a prestação dos jornais de Economia. Tanto o Jornal de Negócios como o Diário Económico têm cativado mais leitores. Este último alcançou os 16 mil, mais quatro mil do que no ano anterior no bimestre. O Jornal de Negócios sobe mil exemplares e apresenta 10 mil números em circulação paga. »
Legenda: Jantar de “até já” dos jornalistas do JN.
Foto: Fernando Oliveira
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