Sei que, em Março de 2009, a eurodeputada Ilda Figueiredo transmitiu à Comissão Europeia (CE) a sua preocupação com as consequências para a qualidade e o pluralismo da comunicação social em Portugal.
Como não sei, passados dois anos, quel foi – se é que houve – a resposta da CE, peço a quem saiba o favor de me informar.
As preocupações da eurodeputada comunista tinham a ver com o despedimento colectivo que o grupo Controlinveste estava então a executar, atingindo seis dezenas de jornalistas ao serviço do “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “O Jogo”.
Nas perguntas escritas, Ilda Figueiredo considerou ainda que “a chamada reestruturação do grupo implica desertificação regional, com os jornais a perderem olhos e ouvidos das populações, designadamente do interior de Portugal”.
É do seguinte teor o texto remetido à CE por Ilda Figueiredo, eleita para o Parlamento Europeu na lista da Coligação Democrática Unitária (CDU):
«Neste momento, atingem 119 trabalhadores os despedimentos da Controlinveste (Global Notícias Publicações / Jornalinveste Comunicações), o que representa cerca de 12% dos efectivos deste Grupo. Destes despedidos, cerca de 60% são jornalistas.
Ora, esta situação não só põe em causa o emprego de muitos trabalhadores como afecta a qualidade e o pluralismo da comunicação social em Portugal, dado que inclui alguns dos maiores jornais do País. A chamada reestruturação do grupo implica desertificação regional, com os jornais a perderem olhos e ouvidos das populações, designadamente do interior de Portugal.
Trata-se, nalguns casos, de jornais, como o JN, com 121 anos, ou o DN, com 144 anos, que, assim, se vêem em piores condições de manter a sua longa e importante história no jornalismo português.
Por outro lado, os despedimentos envolvem mães com crianças de poucos meses, ou vários filhos menores, casais, pessoas com deficiência ou com transplantes, delegados sindicais, etc.
Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:
1. Que medidas estão previstas para apoiar e defender o direitos dos trabalhadores da Controlinveste, tendo em conta também a necessidade de garantir o pluralismo na comunicação social?
2. Que apoios comunitários foram concedidos ao Grupo Controlinveste? E quais as condições?»
Provavelmente a Comissão Europeia terá dito que, na perspectiva de que outros despedimentos similares estarão aí ao dobrar da esquina, o melhor seria esperar para dar uma resposta conjunta...
É claro que os despedidos de ontem esperam sentado e os de amanhã vão fazer o mesmo. É uma forma mais prática de esperar pela resposta. Fica, contudo, o registo da acção de Ilda Figueiredo na sequência, aliás, do que já fizera o seu colega Honório Novo.
As preocupações da eurodeputada comunista tinham a ver com o despedimento colectivo que o grupo Controlinveste estava então a executar, atingindo seis dezenas de jornalistas ao serviço do “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “O Jogo”.
Nas perguntas escritas, Ilda Figueiredo considerou ainda que “a chamada reestruturação do grupo implica desertificação regional, com os jornais a perderem olhos e ouvidos das populações, designadamente do interior de Portugal”.
É do seguinte teor o texto remetido à CE por Ilda Figueiredo, eleita para o Parlamento Europeu na lista da Coligação Democrática Unitária (CDU):
«Neste momento, atingem 119 trabalhadores os despedimentos da Controlinveste (Global Notícias Publicações / Jornalinveste Comunicações), o que representa cerca de 12% dos efectivos deste Grupo. Destes despedidos, cerca de 60% são jornalistas.
Ora, esta situação não só põe em causa o emprego de muitos trabalhadores como afecta a qualidade e o pluralismo da comunicação social em Portugal, dado que inclui alguns dos maiores jornais do País. A chamada reestruturação do grupo implica desertificação regional, com os jornais a perderem olhos e ouvidos das populações, designadamente do interior de Portugal.
Trata-se, nalguns casos, de jornais, como o JN, com 121 anos, ou o DN, com 144 anos, que, assim, se vêem em piores condições de manter a sua longa e importante história no jornalismo português.
Por outro lado, os despedimentos envolvem mães com crianças de poucos meses, ou vários filhos menores, casais, pessoas com deficiência ou com transplantes, delegados sindicais, etc.
Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:
1. Que medidas estão previstas para apoiar e defender o direitos dos trabalhadores da Controlinveste, tendo em conta também a necessidade de garantir o pluralismo na comunicação social?
2. Que apoios comunitários foram concedidos ao Grupo Controlinveste? E quais as condições?»
Provavelmente a Comissão Europeia terá dito que, na perspectiva de que outros despedimentos similares estarão aí ao dobrar da esquina, o melhor seria esperar para dar uma resposta conjunta...
É claro que os despedidos de ontem esperam sentado e os de amanhã vão fazer o mesmo. É uma forma mais prática de esperar pela resposta. Fica, contudo, o registo da acção de Ilda Figueiredo na sequência, aliás, do que já fizera o seu colega Honório Novo.
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