O Sindicato dos Jornalistas (SJ) portugueses apresentou hoje às formações políticas candidatas às eleições legislativas de 5 de Junho, um conjunto de propostas de natureza legislativa que constitui, diz o SJ, uma verdadeira agenda parlamentar e de governo comprometida com a causa da Liberdade de Imprensa.
O SJ sabe que os partidos não estão interessados na causa da Liberdade de Imprensa. Aliás, se até os “jornalistas“ não estão interessados no assunto, não há razões para querer que os partidos estejam.
Segundo o SJ, trata-se de um contributo para um "debate que tem de permanecer vivo depois do sufrágio", tanto mais que a concretização das propostas postas à consideração das diferentes forças políticas "era já urgente na legislatura passada".
Que a questão da Liberdade de Imprensa é urgente há muito, muito tempo, é verdade. Bem antes da chegada, há seis anos, de José Sócrates a dono do país. É claro que, com ele, o que restava dessa liberdade foi para a serjeta.
Creio, aliás, que nesta matéria José Sócrates conseguiu fazer o que outros almejavam. De facto, com raras excepções (não me estou a lembrar de nenhuma, mas admito que exista), todos os partidos acreditam que Jornalista bom é, para já, Jornalista no desemprego.
Lá chegará o tempo, como noutras latitudes, em que Jornalista bom é Jornalista morto.
Com esta iniciativa, o SJ retoma, com algumas alterações, o texto da “Agenda” entregue às formações que se apresentaram às eleições legislativas de 2009.
A revisão do Estatuto do Jornalista; a revisão das leis da Televisão, da Rádio e do Serviço Público de Rádio e Televisão; a adopção de uma Lei Quadro do Sector Público da Comunicação Social; medidas de combate à concentração dos meios de informação; defesa das condições de trabalho e combate à precariedade; revisão da Lei sobre a conservação de dados de comunicações; e a clarificação do âmbito do segredo de justiça são algumas das propostas apresentadas.
O SJ pensa que Portugal é um Estado de Direito e, por isso, apresenta propostas válidas mas que, na minha opinião, pecam por serem inexequíveis em todos os países – caso de Portugal – onde a competência foi substituída pela subserviência, onde o que conta é a embalagem e não o produto.
E quem instituiu essa alteração de valores? Os donos dos jornalistas e os donos dos donos dos jornalistas.
No documento, o SJ sublinha a sua "convicção de que é em alturas como esta – de crise económica e social, que serve de desculpa à propalada inevitabilidade de retrocessos – que se deve reforçar a vigilância e as garantias dos cidadãos", pelo que exorta os que vierem a ser "eleitos ou investidos em funções de governo" a adoptar as medidas apresentadas e a assumir o seu compromisso com a Liberdade de Imprensa.
Pois é. Bem dizia em Maio... de 2009, o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, a propósito do Dia Mundial das Comunicações Sociais, que “há muitos jornalistas que estão ao serviço do director e não da verdade”.
O bispo deveria ter acrescentado que, por sua vez, os directores estão ao serviço dos patrões (políticos e ou económicos) e não da verdade.
As declarações do bispo de Viseu são graves mas tudo, como esperado num país onde os Jornalistas são dos que mais brandos costumes têm, ficou na mesma. O “jornalismo” em Portugal atingiu em alguns casos um tal estado de descrédito que já ninguém se preocupa. Num sistema de vale tudo, pouco importa se o jornalismo virou propaganda e apenas é mais uma linha de enchimento comercial.
A situação descrita pelo bispo não é nova, embora se tenha agravado com o advento da “ditadura” democrática do governo socialista de José Sócrates.
E a situação vai agravar-se enquanto existir um Jornalista que não se submeta à cirurgia de remoção da coluna vertebral, imposta de forma camuflada pelos tais donos dos jornalistas, pelos tais donos dos donos dor jornalistas.
É claro que, como advoga o SJ, os órgãos de soberania, nomeadamente o governo, os partidos e os deputados poderiam alterar a situação. Mas nada fazem porque este é o modelo de “informação” que querem. É o modelo que em vez de dar voz a quem a não tem, amplia a voz dos que têm acesso a tudo. É o modelo que em vez de lutar pelos milhões que têm pouco ou nada, luta pelos poucos que têm milhões. É, portanto, um modelo feito à medida e por medida.
Segundo o SJ, trata-se de um contributo para um "debate que tem de permanecer vivo depois do sufrágio", tanto mais que a concretização das propostas postas à consideração das diferentes forças políticas "era já urgente na legislatura passada".
Que a questão da Liberdade de Imprensa é urgente há muito, muito tempo, é verdade. Bem antes da chegada, há seis anos, de José Sócrates a dono do país. É claro que, com ele, o que restava dessa liberdade foi para a serjeta.
Creio, aliás, que nesta matéria José Sócrates conseguiu fazer o que outros almejavam. De facto, com raras excepções (não me estou a lembrar de nenhuma, mas admito que exista), todos os partidos acreditam que Jornalista bom é, para já, Jornalista no desemprego.
Lá chegará o tempo, como noutras latitudes, em que Jornalista bom é Jornalista morto.
Com esta iniciativa, o SJ retoma, com algumas alterações, o texto da “Agenda” entregue às formações que se apresentaram às eleições legislativas de 2009.
A revisão do Estatuto do Jornalista; a revisão das leis da Televisão, da Rádio e do Serviço Público de Rádio e Televisão; a adopção de uma Lei Quadro do Sector Público da Comunicação Social; medidas de combate à concentração dos meios de informação; defesa das condições de trabalho e combate à precariedade; revisão da Lei sobre a conservação de dados de comunicações; e a clarificação do âmbito do segredo de justiça são algumas das propostas apresentadas.
O SJ pensa que Portugal é um Estado de Direito e, por isso, apresenta propostas válidas mas que, na minha opinião, pecam por serem inexequíveis em todos os países – caso de Portugal – onde a competência foi substituída pela subserviência, onde o que conta é a embalagem e não o produto.
E quem instituiu essa alteração de valores? Os donos dos jornalistas e os donos dos donos dos jornalistas.
No documento, o SJ sublinha a sua "convicção de que é em alturas como esta – de crise económica e social, que serve de desculpa à propalada inevitabilidade de retrocessos – que se deve reforçar a vigilância e as garantias dos cidadãos", pelo que exorta os que vierem a ser "eleitos ou investidos em funções de governo" a adoptar as medidas apresentadas e a assumir o seu compromisso com a Liberdade de Imprensa.
Pois é. Bem dizia em Maio... de 2009, o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, a propósito do Dia Mundial das Comunicações Sociais, que “há muitos jornalistas que estão ao serviço do director e não da verdade”.
O bispo deveria ter acrescentado que, por sua vez, os directores estão ao serviço dos patrões (políticos e ou económicos) e não da verdade.
As declarações do bispo de Viseu são graves mas tudo, como esperado num país onde os Jornalistas são dos que mais brandos costumes têm, ficou na mesma. O “jornalismo” em Portugal atingiu em alguns casos um tal estado de descrédito que já ninguém se preocupa. Num sistema de vale tudo, pouco importa se o jornalismo virou propaganda e apenas é mais uma linha de enchimento comercial.
A situação descrita pelo bispo não é nova, embora se tenha agravado com o advento da “ditadura” democrática do governo socialista de José Sócrates.
E a situação vai agravar-se enquanto existir um Jornalista que não se submeta à cirurgia de remoção da coluna vertebral, imposta de forma camuflada pelos tais donos dos jornalistas, pelos tais donos dos donos dor jornalistas.
É claro que, como advoga o SJ, os órgãos de soberania, nomeadamente o governo, os partidos e os deputados poderiam alterar a situação. Mas nada fazem porque este é o modelo de “informação” que querem. É o modelo que em vez de dar voz a quem a não tem, amplia a voz dos que têm acesso a tudo. É o modelo que em vez de lutar pelos milhões que têm pouco ou nada, luta pelos poucos que têm milhões. É, portanto, um modelo feito à medida e por medida.
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