Alguém disse que «nós somos filhos e agentes de uma civilização milenária que tem vindo a elevar e converter os povos à concepção superior da própria vida, a fazer homens pelo domínio do espírito sobre a matéria, pelos domínios da razão sobre os instintos».
Chegados aqui, voluntariamente ou não, é razoável pensar que são cada vez mais os instintos e cada vez menos as razões. De um lado e do outro residem argumentos válidos, tão válidos quanto se sabe (é da História) que para os senhores do poder (hoje terroristas, amanhã heróis - ou ao contrário) o importante é a sociedade que tem de ser destruída e não aquela que tem de ser criada.
É isso que pensam ou pensaram, por exemplo, George W. Bush, Osama bin Laden, Saddan Hussein, Tony Blair, Robert Mwgabe e José Eduardo dos Santos. Aliás, G. Geffroy dizia pura e simplesmente que o importante é avançar por avançar, agir por agir, pois em qualquer dos casos alguns resultados hão-de aparecer.
Os EUA avançaram, feridos que foram no seu orgulho de polícias do Mundo. Com eles estão uma série de países, nem todos de forma sincera. Não será o caso dos europeus mas é, com certeza, o caso de muitos estados árabes que, com medo do cão raivoso, aceitaram (mesmo que contrariados) a ajuda do lobo.
Quando se aperceberem (alguns já se aperceberam), o lobo derrotou o cão e prepara-se para os comer a eles. O lobo, como mais uma vez se confirma, não terá necessariamente de ter nacionalidade norte-americana.
Aliás, os homens do tio Sam são especialistas em criar lobos onde mais lhes convém. Em certa medida Osama bin Laden, tal como foi Saddam Hussein, foi um lobo «made in USA». Ao contrário do que pensam os ilustres operacionais da NATO, do FBI da CIA ou de qualquer coisa desse tipo, ninguém tem neste planeta (pelo menos neste) autoridade e poder ilimitados.
O mesmo se aplica em relação aos agora chamados de terroristas. Mas, como os instintos ultrapassam a razão, ambos estão convencidos que são donos e senhores da verdade absoluta. O confronto foi, é e será, por isso, inevitável.
Significará esta tese que a 3ª Guerra Mundial está aí ao dobrar da próxima esquina? Para mim significa exactamente isso. Só falta saber a que distância está a próxima esquina.
Os agora terroristas (segundo a terminologia ocidental, que já usou igual epíteto - entre outros - para Yasser Arafat, recordam-se?) poderão não ter a mesma capacidade bélica do que os EUA e seus aliados. Vão ser humilhados, sobretudo pelo número dos mortos que o único erro que cometeram foi terem nascido.
São as leis da razão? Não. São as leis dos instintos. Instintos que vão muito além das leis da sobrevivência. Entram claramente (tal como entrou Bin Laden) na lei da selva em que o mais forte é, durante algum tempo mas nunca durante todo o tempo, o grande vencedor.
A 3ª Guerra Mundial começou porque o Mundo Árabe só está do lado dos EUA por questões estratégicas, por opções instintivas. Bem ou mal, em matéria de razão os árabes estão com os seus... e esses não são os nossos (?) heróis.
É claro que, transitoriamente, alguns admitiram aliar-se aos EUA. Foi a opção, neste exacto contexto, pelo mal menor. Mesmo assim, avisaram que não admitirão ataques a outros países árabes. Pelo menos desde a Guerra dos Seis Dias, a aprendizagem dos árabes tem sido notável. Aceitam o que os EUA definem como inimigos, enforcam até os seus pares com a corda fornecida pelos norte-americanos mas, na melhor oportunidade, enforcam americanos com a corda enviada de Washington.
Até agora os atentados são a resposta mais visível desta 3ª Guerra Mundial. Com bombas, aviões, antrax ou suícidas vão preparando o terreno. Não tardará muito, tal como fizeram com os soviéticos no Afeganistão, vão utilizar o próprio armamento do Ocidente. E, quando entenderem, também poderão fazer uso de armamento nuclear.
Então? Então é preciso ir em frente. Sem medo. Olho por olho, dente por dente. No fim, o último a sair - cego e desdentado - que feche a porta e apague a luz...
É isso que pensam ou pensaram, por exemplo, George W. Bush, Osama bin Laden, Saddan Hussein, Tony Blair, Robert Mwgabe e José Eduardo dos Santos. Aliás, G. Geffroy dizia pura e simplesmente que o importante é avançar por avançar, agir por agir, pois em qualquer dos casos alguns resultados hão-de aparecer.
Os EUA avançaram, feridos que foram no seu orgulho de polícias do Mundo. Com eles estão uma série de países, nem todos de forma sincera. Não será o caso dos europeus mas é, com certeza, o caso de muitos estados árabes que, com medo do cão raivoso, aceitaram (mesmo que contrariados) a ajuda do lobo.
Quando se aperceberem (alguns já se aperceberam), o lobo derrotou o cão e prepara-se para os comer a eles. O lobo, como mais uma vez se confirma, não terá necessariamente de ter nacionalidade norte-americana.
Aliás, os homens do tio Sam são especialistas em criar lobos onde mais lhes convém. Em certa medida Osama bin Laden, tal como foi Saddam Hussein, foi um lobo «made in USA». Ao contrário do que pensam os ilustres operacionais da NATO, do FBI da CIA ou de qualquer coisa desse tipo, ninguém tem neste planeta (pelo menos neste) autoridade e poder ilimitados.
O mesmo se aplica em relação aos agora chamados de terroristas. Mas, como os instintos ultrapassam a razão, ambos estão convencidos que são donos e senhores da verdade absoluta. O confronto foi, é e será, por isso, inevitável.
Significará esta tese que a 3ª Guerra Mundial está aí ao dobrar da próxima esquina? Para mim significa exactamente isso. Só falta saber a que distância está a próxima esquina.
Os agora terroristas (segundo a terminologia ocidental, que já usou igual epíteto - entre outros - para Yasser Arafat, recordam-se?) poderão não ter a mesma capacidade bélica do que os EUA e seus aliados. Vão ser humilhados, sobretudo pelo número dos mortos que o único erro que cometeram foi terem nascido.
São as leis da razão? Não. São as leis dos instintos. Instintos que vão muito além das leis da sobrevivência. Entram claramente (tal como entrou Bin Laden) na lei da selva em que o mais forte é, durante algum tempo mas nunca durante todo o tempo, o grande vencedor.
A 3ª Guerra Mundial começou porque o Mundo Árabe só está do lado dos EUA por questões estratégicas, por opções instintivas. Bem ou mal, em matéria de razão os árabes estão com os seus... e esses não são os nossos (?) heróis.
É claro que, transitoriamente, alguns admitiram aliar-se aos EUA. Foi a opção, neste exacto contexto, pelo mal menor. Mesmo assim, avisaram que não admitirão ataques a outros países árabes. Pelo menos desde a Guerra dos Seis Dias, a aprendizagem dos árabes tem sido notável. Aceitam o que os EUA definem como inimigos, enforcam até os seus pares com a corda fornecida pelos norte-americanos mas, na melhor oportunidade, enforcam americanos com a corda enviada de Washington.
Até agora os atentados são a resposta mais visível desta 3ª Guerra Mundial. Com bombas, aviões, antrax ou suícidas vão preparando o terreno. Não tardará muito, tal como fizeram com os soviéticos no Afeganistão, vão utilizar o próprio armamento do Ocidente. E, quando entenderem, também poderão fazer uso de armamento nuclear.
Então? Então é preciso ir em frente. Sem medo. Olho por olho, dente por dente. No fim, o último a sair - cego e desdentado - que feche a porta e apague a luz...
1 comentário:
O problema é que o homem já estava morto há uns anos.
Penso que Benazir Bhutto, não está de todo a mentir, neste diálogo que foi cortado numa entrevista sua. Bin Laden segundo ela, está morto...e há muito tempo.
"a Construção do Estado Securitário
"Declarem vitória e dêem por terminada a "guerra contra o terrôr"
Esta é a mensagem explicita veiculada pelo influente Financial Times na gigantesca campanha mediática em curso para a reeleição de Barack Obama. É apenas disto que trata a "morte" do inimigo público nº1 - de Osama para Obama, é de consolidar o modelo de Estado Securitário implementado por George W. Bush e "legalizado" pela alterações introduzidas na 2ª Emenda da Constituição que se trata. E a Constituição norte americana serve, naturalmente, de referência para todos os paises tributários.
Quanto menor é a ameaça mais as forças de segurança da Ordem não param de crescer. O que significa que a guerra não é contra um qualquer bin-Laden, mas contra a possibilidade de organização e revolta do cidadão trabalhador comum.
Se o empirismo mediático trabalha os espíritos comuns e os leva a aceitar percepções inexistentes (um super batalhão de repórteres nunca viram "bin-Laden" algum durante uma década? excepto este agente duplo, quando até o mais esforçado pacóvio descobre que o Telmo do Big-Brother é candidato a deputado por uma coisa que dá pelo nome de "partido socialista"?) ... depois do jornalismo do dia seguinte, há os orgãos de informação determinantes, aqueles que tratam da formação do conceito acabado do Modelo Securitário. Uma semana antes do abate figurado ao activo do simbolo do consórcio Bin-Laden-CarlyleGroup-Mormons Bushistas, a Time Magazine dedicava a capa e oito páginas no artigo principal à segurança interna na pessoa do Director do FBI: "o caçador de terroristas que controlou o complot emergente do 11 de Setembro nos últimos dez anos". No corpo do artigo descrevem-se ameaças como condutores de táxis muçulmanos que conspiram, ensaios de bombas em solas de sapatos, armas de destruição em massa transaccionadas por paquistaneses em becos do Bronx, pizzas armadilhadas - enfim, tudo menos as mansões de luxo dos "bins-ladens" da Reserva Federal e Wall Street.
Dados concretos na implementação do Estado Securitário
Desde 2001 a divisão criminal do FBI aumentou o número de agentes de segurança de 1 para 3. o que é normal numa sociedade onde o desespero social cresce mais que essa proporção. 20 por cento desses efectivos (que no inicio do mandato de Bush eram 5.877 agentes especiais), foram transferidos da secção de assaltos, gangsterismo sobre bancos, máfia e crimes de colarinho branco para outras divisões. Faz sentido... se os assaltos a Bancos são controlados pelos próprios administradores porquê gastos desmesurados com tanta policia?
A brigada Anti-Terrorismo acolheu 5.026 dessas transferências: um aumento em pessoas, materiais e dinheiro de 106% em dez anos. O número de analistas criado nas secretas de informação que coligem dados sobre os cidadãos aumentou 205 por cento para 3.118 experts. O número de informáticos (996) que serve o sector cresceu 108 por cento e uma nova categoria de investigadores (580) foi criada para "estudar ameaças ainda não conhecidas". Olha, se calhar sou eu. Temos de avisar a malta da Tasca do Perigoso que fica ali para os lados de Grândola"
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