FMI, Comissão Europeia e BCE querem que Portugal, entre outras coisas, acelere as alterações às regras por despedimento e fizeram alterações ao texto original. E, pelos vistos, as alterações foram feitas mais ou menos à socapa, o que não terá agradado a muito boa gente.
Quanto a mim, é natural a existência de várias versões de um texto que só deveria ter, isto no caso de Portugal ser um Estado de Direito, uma única versão.
Mas, como sabem os “troikanos”, se Portugal (ainda) tem um primeiro-ministro que diz uma coisa às segundas, quartas e sextas, e outra totalmente diferente às terças, quintas e sábados, é normal que do documento existam várias versões, eventualmente para dar cobertura ao ziguezaguear socialista.
A primeira versão, que data de 3 de Maio, foi assinada pelo Executivo socialista e subscrita através de cartas enviadas à missão técnica, pelo PSD e pelo CDS, caso ganhem as eleições de 5 de Junho.
A segunda, refeita por Bruxelas e assinada pela governo socialista em nome da República portuguesa e pela Comissão Europeia, na cimeira de 17 de Maio, e que inclui diferenças de prazos e de conteúdos.
Uma dessas diferenças é o prazo limite da troika para que Portugal cumpra o regime de alterações aos despedimentos, já acordado em concertação social e que inclui despedimentos mais fáceis e baratos.
No primeiro texto, o prazo para aplicar as novas regras no mercado laboral é até final de Setembro deste ano. Já no segundo memorando, o prazo é encurtado em dois meses, até ao fim de Julho.
Provavelmente na terceira versão esse prazo deve respeitar a Janeiro e ter efeitos retroactivos a Janeiro de 2010... ou coisa parecida.
Com a habitual perspicácia do reino, o Ministério das Finanças diz que há uma “versão preliminar, sobre a qual o Governo e os principais partidos manifestaram a sua concordância nos dias 3 e 4 de Maio”, e uma “versão final assinada pelo Ministro de Estado e das Finanças, pelo Governador do Banco de Portugal e pela Comissão Europeia no dia 17 de Maio”.
Sobre a versão pós-final, ou terceira em linguagem corrente, nada se diz, por enquanto. Mas é só uma questão de esperar uns dias. Aliás, Portugal vai andar de versão em versão até à versão fatal.
Os partidos já reagiram. De uma forma geral não agem, apenas reagem. E por isso ainda estão a falar da segunda versão...
O CDS-PP afirmou já ter pedido explicações ao Governo sobre esta matéria, assim como Pedro Passos Coelho, mas José Sócrates garante que ambos documentos foram “assinados pelo Governo português e também pelos partidos”, nomeadamente PSD e CDS-PP.
É mentira. Mas, como em qualquer reino, seja por exemplo em Angola ou na Coreia do Norte, uma mentira dita pelo “querido líder” (José Sócrates) tem força de lei e passa a ser verdade logo que dita.
Mas, como sabem os “troikanos”, se Portugal (ainda) tem um primeiro-ministro que diz uma coisa às segundas, quartas e sextas, e outra totalmente diferente às terças, quintas e sábados, é normal que do documento existam várias versões, eventualmente para dar cobertura ao ziguezaguear socialista.
A primeira versão, que data de 3 de Maio, foi assinada pelo Executivo socialista e subscrita através de cartas enviadas à missão técnica, pelo PSD e pelo CDS, caso ganhem as eleições de 5 de Junho.
A segunda, refeita por Bruxelas e assinada pela governo socialista em nome da República portuguesa e pela Comissão Europeia, na cimeira de 17 de Maio, e que inclui diferenças de prazos e de conteúdos.
Uma dessas diferenças é o prazo limite da troika para que Portugal cumpra o regime de alterações aos despedimentos, já acordado em concertação social e que inclui despedimentos mais fáceis e baratos.
No primeiro texto, o prazo para aplicar as novas regras no mercado laboral é até final de Setembro deste ano. Já no segundo memorando, o prazo é encurtado em dois meses, até ao fim de Julho.
Provavelmente na terceira versão esse prazo deve respeitar a Janeiro e ter efeitos retroactivos a Janeiro de 2010... ou coisa parecida.
Com a habitual perspicácia do reino, o Ministério das Finanças diz que há uma “versão preliminar, sobre a qual o Governo e os principais partidos manifestaram a sua concordância nos dias 3 e 4 de Maio”, e uma “versão final assinada pelo Ministro de Estado e das Finanças, pelo Governador do Banco de Portugal e pela Comissão Europeia no dia 17 de Maio”.
Sobre a versão pós-final, ou terceira em linguagem corrente, nada se diz, por enquanto. Mas é só uma questão de esperar uns dias. Aliás, Portugal vai andar de versão em versão até à versão fatal.
Os partidos já reagiram. De uma forma geral não agem, apenas reagem. E por isso ainda estão a falar da segunda versão...
O CDS-PP afirmou já ter pedido explicações ao Governo sobre esta matéria, assim como Pedro Passos Coelho, mas José Sócrates garante que ambos documentos foram “assinados pelo Governo português e também pelos partidos”, nomeadamente PSD e CDS-PP.
É mentira. Mas, como em qualquer reino, seja por exemplo em Angola ou na Coreia do Norte, uma mentira dita pelo “querido líder” (José Sócrates) tem força de lei e passa a ser verdade logo que dita.
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