Se, supostamente – é bem claro, os Jornalistas devem lutar pelo que pensam ser a verdade, não deixa de ser curioso vê-los a analisar o pacote legislativo da Comunicação social de Angola, exactamente em Cabinda, território ocupado pelos militares do regime angolano.
A ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, disse na abertura do encontro que todos os documentos moldados à Constituição foram bem acolhidos pela sociedade, e destacou o jornalismo como um exercício de democracia.
Se, dando crédito a Carolina Cerqueira, o jornalismo é “um exercício de democracia”, resta saber onde está esse jornalismo porque, de facto (de jure é ligeiramente diferente), Angola não é uma democracia.
Quando, é o caso de Angola, o povo vota de barriga vazia não existe democracia. Quando o presidente da República está no poder há 32 anos sem nunca ter sido eleito, o sistema político pode ser tudo... menos democracia. Quando há círculos eleitorais onde o MPLA tem mais votos do que eleitores...
Verdade seja dita, contudo, que a ministra Carolina Cerqueira não fala exactamente de democracia existente, mas sim da “democracia que queremos construir”. Não sei se o dono do país terá gostado desta divagação.
Também é verdade que, mesmo nas ditas democracias estabilizadas, do tipo da que Portugal diz ter, as coisas não são muito diferentes. Basta recordar, por exemplo, que um deputado (Ricardo Rodrigues do PS) não se inibiu de roubar os gravadores aos jornalistas que o entrevistavam.
Ou que o Governo do soba maior (José Sócrates) conseguiu, na vigência dessa dita democracia, fazer de grande parte da “imprensa o tapete do poder”, transformar jornalistas em “criados de luxo do poder vigente", convencer os mais cépticos de que mais vale ser um propagandista de barriga cheia do que um ilustre Jornalista com ela vazia.
Tal como conseguiu, sem grande esforço e em muitos casos apenas por um prato de lentilhas, convencer os jornalistas que devem pensar apenas com a cabeça... do chefe (socialista, obviamente), mostrar aos Jornalistas que ter um cartão do PS é mais do que meio caminho andado para ser chefe, director ou até administrador.
Em teoria sabe-se que caberia aos jornalistas (ainda há, tanto por Portugal como por Angola, alguns que teimam em dar voz a quem a não tem) estar na primeira linha dos que, com respeito, respeitando a liberdade, respeitando as pessoas, devem sobretudo respeitar antes de mais a verdade.
No entanto, por experiência própria, os jornalistas sabem que, tanto no reino socialista lusitano como no seu congénere angolano, dizer a verdade é mais de meio caminho andado para o desemprego.
E tanto sabem disso que, hoje em Portugal, estão a dar a volta e a trocar as amizades do Largo do Rato pelas da Rua de São Caetano. No caso de Angola, como não há nada para trocar, continuam a venerar o Futungo.
Se, dando crédito a Carolina Cerqueira, o jornalismo é “um exercício de democracia”, resta saber onde está esse jornalismo porque, de facto (de jure é ligeiramente diferente), Angola não é uma democracia.
Quando, é o caso de Angola, o povo vota de barriga vazia não existe democracia. Quando o presidente da República está no poder há 32 anos sem nunca ter sido eleito, o sistema político pode ser tudo... menos democracia. Quando há círculos eleitorais onde o MPLA tem mais votos do que eleitores...
Verdade seja dita, contudo, que a ministra Carolina Cerqueira não fala exactamente de democracia existente, mas sim da “democracia que queremos construir”. Não sei se o dono do país terá gostado desta divagação.
Também é verdade que, mesmo nas ditas democracias estabilizadas, do tipo da que Portugal diz ter, as coisas não são muito diferentes. Basta recordar, por exemplo, que um deputado (Ricardo Rodrigues do PS) não se inibiu de roubar os gravadores aos jornalistas que o entrevistavam.
Ou que o Governo do soba maior (José Sócrates) conseguiu, na vigência dessa dita democracia, fazer de grande parte da “imprensa o tapete do poder”, transformar jornalistas em “criados de luxo do poder vigente", convencer os mais cépticos de que mais vale ser um propagandista de barriga cheia do que um ilustre Jornalista com ela vazia.
Tal como conseguiu, sem grande esforço e em muitos casos apenas por um prato de lentilhas, convencer os jornalistas que devem pensar apenas com a cabeça... do chefe (socialista, obviamente), mostrar aos Jornalistas que ter um cartão do PS é mais do que meio caminho andado para ser chefe, director ou até administrador.
Em teoria sabe-se que caberia aos jornalistas (ainda há, tanto por Portugal como por Angola, alguns que teimam em dar voz a quem a não tem) estar na primeira linha dos que, com respeito, respeitando a liberdade, respeitando as pessoas, devem sobretudo respeitar antes de mais a verdade.
No entanto, por experiência própria, os jornalistas sabem que, tanto no reino socialista lusitano como no seu congénere angolano, dizer a verdade é mais de meio caminho andado para o desemprego.
E tanto sabem disso que, hoje em Portugal, estão a dar a volta e a trocar as amizades do Largo do Rato pelas da Rua de São Caetano. No caso de Angola, como não há nada para trocar, continuam a venerar o Futungo.
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